Cineoca comemora um ano de sucesso com a mostra cinematográfica “Nosso Olhar”

A realização de uma mostra com produção do Estado foi a forma encontrada pelo CineOca, cineclube de Porto Velho, de comemorar o sucesso do projeto, em mais de um ano de exibição. A partir dessa quarta-feira (20). Saiba mais e confira programa de filmes. >

Cineoca comemora um ano de sucesso com a mostra cinematográfica “Nosso Olhar”

Foto: Divulgação

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*Uma homenagem aos cineastas rondonienses foi a forma encontrada pelo CineOca, cineclube de Porto Velho, de comemorar o sucesso do projeto, em mais de um ano de exibição de várias produções nacionais e internacionais do cinema e vídeo, de graça para comunidade de Porto Velho. *A mostra cinematográfica “Nosso Olhar” apresenta ao público a partir de quarta-feira, dia 20, às 19:30, produções consagradas dos produtores locais como “Marcas da Amazônia”, de Jurandir Costa, “Taba Querida Taba”, de Luiz Brito, “Inevitavelmente” e “Ângulo”, de Lídio Sohn e Pilar de Zayas, “O Brasil que começa no Rio”, de Beto Bertagna, “Produto de Índio”, de Aléxis Bastos e “Na maior Pindaíba”, de Jair Rangel, o pistolino. *As exibições acontecem no audicine do Sesc Esplanada. Logo após estão programadas mesas de debate com os produtores e convidados, como o professor Hamilton Lima e o professor de história Solano Lopes. *A Mostra cinematográfica “Nosso Olhar” tem o apoio de instituições que vem sendo parceiros do CineOca ao longo do desenvolvimento do projeto cultural. Sesc, Brasil Telecom, Secel e Fundação Iaripuna. *Para os estudantes, o cineclube vai oferecer diplomas de participação que contam como comprovante em atividades extra-classe. *No último dia da mostra o CineOca programou uma comemoração, na qual homenageará produtores do audiovisual rondoniense e apoiadores do projeto. *
O que é o Cineoca
*O CineOca é uma entidade cultural, sem fins lucrativos, criada em março de 2005, com a finalidade difundir o cinema de qualidade, sobretudo regional e alternativo. É o resultado do anseio de um grupo de pessoas que aprecia a sétima arte e quer fomentar a discussão, contribuir para formação de platéia e melhorar o nível crítico do público. *Desde que começou a exibição pública dos filmes procurou apresentar todos os domingos, às 17 horas, no Audicine do Sesc Esplanada, produções, locais, nacionais e estrangeiras, curtas e médias metragens, filmes de arte, animações, documentários. Opções que provocam reflexão à condição do homem. *Saiba mais sobre as produções exibidas na mostra: *Marcas da Amazônia *Vídeo de Jurandir Costa, que retrata a experiência dos artistas plásticos Geraldo Cruz, Joesér Alvares, João Zoghbi e Rita Queiroz numa expedição pelo baixo madeira. Em sintonia com a natureza e antenados com a expressão da contemporainedade eles lançam um novo olhar sobre a realidade ribeirinha. *Taba Querida Taba *Luiz Brito faz uma bela homenagem a uma das boates mais tradicionais de Porto Velho, a Taba do Cacique. Para isso lança mão de depoimentos, história e até um trecho de ficção para reviver os velhos tempos da Taba. *Produto de Índio *Registro dos projetos que estão resgatando traços culturais que vinham sendo perdidos pelos índios amondawa ou uru-ew-aw-aw. O trabalho com produtos regionais podem trazer à comunidade sobrevivência e dignidade. *Ângulo *Um ser solitário que, entre a razão e a loucura, busca intensamente compreender seus delírios e pesadelos conflitantes, criando um clima de tensão, temor e suspense. “Ângulo”, que Lídio Sohn levou três anos para deixar pronto, fala de uma pessoa com malária, doença que afeta milhares de pessoas não apenas na Amazônia, mas em várias partes do mundo. *Lídio morreu aos 50 anos, em Porto Velho/RO, após sofrer grave derrame cerebral a caminho do hospital. Lídio era casado com Pillar de Zayas Bernanos, neta do escritor George Bernanos e autora de poemas neoconcretos de narrativa amazônica – um deles, “Ângulo”, que inspirou vídeo. Foi premiado em vários festivais brasileiros e internacionais. *Lídio levou ao cinema a vida dos “requeiros”, garimpeiros amadores que aproveitam restos de cassiterita nas grotas do garimpo de Bom Futuro, ainda hoje a maior mina de cassiterita a céu aberto do mundo, localizada em Ariquemes, a 200 quilômetros ao Sul de Porto Velho. A fita se tornou um libelo contra a exploração da mão-de-obra infantil, fartamente utilizada pelos requeiros. *Em Ariquemes, Lídio e Pillar fundaram o Arikême, grupo de teatro amador que levou aos palcos do Brasil os folclores e lendas da Amazônia. Ali, o casal ensinou e estimulou diversos artistas a seguirem carreira, como o músico Nike Kojansk, que hoje vive em Rio Branco, onde mantém uma escola de música na avenida Marechal Deodoro. Lídio foi premiado pelos vídeos “Inevitavelmente” e “Ângulo”, que venceu o Boto de Ouro do Cine Amazônia. *Inevitavelmente *No limite da vida eles observam o tempo que se dissolve.Num relance, um momento fugaz, a força de um olhar intenso,investigador, sagaz e abismal,brota ardente de faces marcadas pela própria história. *Idealizado a partir de uma poesia de Pilar de Zayas Bernanos, o vídeo experimental “Inevitavelmente”, realizado com a participação de não-atores idosos voluntários, é um dos raros poemas que, quando se tornam produções visuais, conseguem manter a essência e a riqueza da obra original. *A força do filme está, sem dúvida nenhuma, em cada olhar dos protagonistas. Num relance, um momento fugaz, a força de um olhar intenso e dolorido, investigador, sagaz e abismal, brota ardente de faces marcadas pela própria história. Mistérios profundos enraizados no tempo que se desfaz num momento único, transitório. No ar, segredos não revelados captados num instante profundo e íntimo. Inevitavelmente e a todo instante, o tempo espreita a fluidez da vida nos olhares perdidos e turvos. Com direção e roteiro de Pilar de Zayas Bernanos e Lídio Sohn, o filme tem como destaque o belo e intenso final, onde a morte e a vida se encontram em um momento único da junção de tristeza e esperança. *O vídeo venceu o Prêmio de Melhor Fotografia no 24º Festival Guarnicê de Cine-Vídeo MA, e foi exibido no Festival de Cinema e Vídeo DCine de Curitiba, Florianópolis Audiovisual Mercosul, Jornada Internacional de Cinema e Vídeo da Bahia e no Goiânia Mostra Curtas. *O Brasil que começa no Rio *O documentário feito pelo projeto DOCTV II mostra histórias de pessoas beiradeiras, entrecortadas por outras pequenas histórias relacionadas ao rio Guaporé , retratando a diversidade cultural da fronteira do noroeste do Brasil com a Bolívia. *Conta com as participações especiais do Professor-Doutor da Universidade Federal de Rondônia, Marco Antônio Domingues Teixeira , do poeta Thiago de Mello, do poeta Walter Bártolo , com trilha musical de Bado, Binho, Alkbal e do grupo Quilomboclada. *O líder quilombola José Soares Neto, o “Zeca Lula” narra a vida na comunidade de Santo Antônio do Guaporé, caminhando entre afloramentos de urnas funerárias indígenas. *O pequeno povoado tem o rio como único elo de ligação com a civilização e é constantemente ameaçado pelo sistema capitalista. Mas às vezes o silêncio se sobrepõe, e o mais importante é a lentidão das águas e da sua gente... *Em outro trecho o ex-delegado de Pedras Negras, Ambrósio Paes, questiona o passado e o presente de uma região abandonada pelo poder público. *Hoje Pedras Negras é um povoado fantasma, assombrado pelo avanço da soja, que chega já às margens da fronteira... *Paes introduz hinos à celebração centenária da Festa da Coroa do Divino Espírito Santo, que congrega os homens e mulheres que vivem no lado brasileiro e no lado boliviano do rio, como Versalhes, Remanso, Surpresa, Pimenteiras, Rolim de Moura do Guaporé e Costa Marques. *Com depoimentos de promesseiros e do bispo de Guajará-Mirim, Dom Geraldo Verdier, o documentário também mostra a ótica da ocupação portuguesa no século 18 com a obstinação do Capitão-General Dom Antônio Rolim de Moura que vem com ordens da Coroa para fundar Vila Bela da Santíssima Trindade, a primeira capital do Mato Grosso. *O quarto governador da Capitania do Mato Grosso, Luiz Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres edifica o Real Forte Príncipe da Beira no apogeu do período colonial. *Portugal precisava assegurar uma rota entre as minas de ouro de Mato Grosso e Portugal, através dos rios Guaporé, Mamoré, as cachoeiras do Madeira , o Amazonas e o Oceano Atlântico. Mas duzentos e vinte anos se passam desde sua inauguração e até agora nenhum tiro foi disparado , não há nenhuma luta na história da monumental fortaleza. *A fuga de escravos formou comunidades quilombolas ao longo do rio Guaporé, as verdadeiras guardiãs da fronteira do Brasil. E que hoje buscam cidadania. Abandono, segurança nacional, tráfico de drogas, isolamento, amor à pátria, ignorância, história e memória formam um mosaico de cores fortes. *Os teimosos guaporeanos continuam a passar dificuldades em meio ao paraíso natural. Afinal, que Brasil é este que começa no rio Guaporé, palco de tantas lutas no passado entre as Coroas Espanhola e Portuguesa e hoje completamente abandonado? *Na maior Pindaíba *Conta a história de um pai que não tem emprego, sem dinheiro, que precisa arrumar uma forma de comprar comida para ele e seu filho. A oportunidade para ganhar dinheiro chega quando eles vêem uma placa em uma empresa que compra sucatas e ferro-velho. Aí começa a aventura dos dois. Pistolino e Pisciroca resolvem catar ferro-velho e se envolvem nas maiores confusões. Pistolino chega a achar até uma arma e a entrega num posto da campanha do desarmamento. *O filme é a grande realização de Jair Rangel, um cineasta instintivo, que aprendeu experimentando a fazer cinema. Com poucos recursos o fã incondicinal de Mazzaropi, inventou equipamentos, convenceu vizinhos, enfim correu atrás do sonho até conseguir finalizar o filme.
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