*Alguns lojistas exploram seus empregados, evidenciando regime de
escravidão branca na Capital. A denúncia partiu do Sindicato dos
Empregados no Comércio de Porto Velho (Sindecom). Segundo o presidente
Dênis Souza Oliveira, trata-se de empregados contratados para o setor de
vendas, mas que são obrigados a trabalhar como ajudante de pedreiro.
*"Esses empregados realizam atividade totalmente diferente para a qual
foram contratados. Isso é um absurdo. São pessoas que estão sendo
exploradas simplesmente porque precisam do emprego para sustentar suas
famílias", criticou o sindicalista. Outros casos denunciados por Denis
Oliveira dizem respeito à falta de estrutura física para atender de forma
condizente o trabalhador. "Existem lojas que sequer possuem banheiros,
obrigando os empregados a buscar alternativas quando necessitam dessa
estrutura", acrescentou o presidente do Sindecom. "Os casos vão ser
levados ao conhecimento da Delegacia Regional do Trabalho para impedir que
esse tipo de abuso continue acontecendo no comércio", salientou.
*Desde o dia 1º de maio está em vigor a convenção coletiva de trabalho
2006/2007, que contém cláusula específica que proíbe o trabalho aos
domingos e feriados. Mas, conforme o presidente Denis Oliveira, número
significativo de empresas insiste em descumprir o acordo, homologado no
Ministério do Trabalho. Ele informou que as empresas infratoras estão
sujeitas ao pagamento de multas no valor de um piso salarial da categoria
para cada cláusula do acordo que for descumprida. "O Sindicato está atento
às empresas que mantém empregados em regime de escravidão e às que
insistem em desrespeitar a convenção coletiva de trabalho. Aliás, qualquer
tipo de abuso praticado pelos patrões ou violação dos direitos
trabalhistas deve ser denunciado", completou o presidente do Sindecom.