?Se para ter acesso ao bloco, dentro da corda, precisa ter a ?fantasia?, então o abadá é o ingresso sim? afirmou o Presidente da Associação Cidade Verde, Paulo Xisto. Ele afirma que este tipo de evento ?privatiza o lucro e socializa o prejuízo?. Saiba ma
Foto: Divulgação
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O presidente da ACV ? Associação Cidade Verde e titular da Delegacia de Defesa do Consumidor de Porto Velho, Paulo Xisto, disse ao RONDONIAOVIVO.COM que a questão da compra do Kit Abadá do bloco Maria Fumaça com 50% de desconto pelos estudantes é perfeitamente legal.
?Se para ter acesso ao bloco, dentro da corda, precisa ter a ?fantasia?, então o abadá é o ingresso sim? afirmou o Presidente da ACV.
Xisto afirma que este tipo de evento é o que há de pior no capitalismo, pois ?privatiza o lucro e socializa o prejuízo?.
A organização utiliza uma das principais avenidas da cidade, usam a arquibancada do município, consomem energia da iluminação pública, utilizam os Policiais Militares para fazer a segurança, os garis da prefeitura para fazer a limpeza, dezenas de pessoas são encaminhadas aos hospitais públicos para atendimento decorrente da violência praticada na festa. Tudo sem ônus para o Bloco.
?Quanto custa ao contribuinte está farra? Alguém sabe quanto é recolhido em impostos para o estado e município?? questiona Paulo Xisto.
?Primeiro precisa-se definir se a festa é publica ou privada.
?Sé é publica tem que ser de graça. Se é privada, estudante paga meia?, esclarece Xisto.
?Se o bloco vende fantasia e não ingresso, então tem que emitir nota fiscal de venda de cada Kit- Abadá.? disse o delegado.
A Associação Cidade Verde protocolou um oficio na Prefeitura de Porto Velho apresentando diversas sugestões e o resultado de uma pesquisa realizada na cidade sobre o que o povo pensa a respeito do ?fora de época?.
De acordo com a pesquisa que foi realizada no entre os meses de julho e dezembro de 2004 em dez bairros da capital, a grande maioria da população não gosta, nem aprova a festa e questiona quanto custa para o município esta farra.
De acordo com Xisto, foram ouvidas 1.403 pessoas. Destas, 999 afirmaram que não aprovam o carnaval fora de época, e 356 afirmaram que vêem com simpatia a festa. Das 356, de acordo com o presidente da ACV, apenas 220 já foram na avenida e menos de 10 % já compraram o Kit.
No oficio que enviou a Roberto Sobrinho diversas sugestões foram apresentadas, entre elas a busca de um local adequado, de preferência em ambiente fechado, estacionamentos, sanitários, segurança privada, transparência nos gastos públicos com o evento e elaboração de contrato com os realizadores do carnaval, caso ocorra um processo de responsabilidade civil.
Um seguro particular para cobrir despesas médicas dos participantes que se encontram na avenida, dentro e fora da corda também está em estudo jurídico.
?De acordo com a pesquisa, a grande maioria da população de Porto Velho é contra. Os dados da enquete se encontram na sede da ACV para quem quiser ver?, afirma Xisto.
O Presidente afirmou que a associação entrará com uma ação civil pública para buscar a reparação dos prejuízos causados ao erário público pelo Carnaval Fora de Época.
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