Valverde discute reforma universitária em palestra na Faro

Na noite de ontem (28) o deputado federal Eduardo Valverde esteve na Faro para defender a reforma universitária. O deputado falou aos acadêmicos de jornalismo e administração. No anteprojeto da reforma universitária, Valverde destacou cinco pontos que mot

*Na noite de segunda feira (28) o deputado federal Eduardo Valverde esteve na Faro para defender a reforma universitária. O deputado falou aos acadêmicos de jornalismo e administração da instituição sobre os pontos positivos da reforma.

*De acordo com Eduardo, na década de 60, o movimento estudantil saiu às ruas e enfrentou a ditadura militar empunhando a bandeira da reforma universitária. Hoje, quase 40 anos depois, essa luta é retomada por um governo popular e democrático.

*No anteprojeto da reforma universitária, Valverde destacou cinco pontos que motivam a reformulação do ensino superior: a democratização do acesso, o fortalecimento da Universidade pública, o combate a mercantilização do ensino, a busca por uma maior qualidade e a construção de uma gestão democrática no ensino superior.

*Na questão da democratização do acesso ao ensino superior, o sistema de cotas está sendo debatido para tentar resolver diferenças históricas. A implantação do sistema que determina que 50% das vagas das universidades públicas sejam destinadas a quem sempre estudou na rede pública pode solucionar esta diferença.

*?A baixa qualidade do ensino fundamental, que durante décadas não teve a devida atenção pelo poder público, ocasionou esta discrepância em relação aos estudantes oriundos do ensino privado. Não existe uma raça que tenha menor potencial de aprendizagem em relação à outra?, disse Valverde, se referindo ao sistema de cotas para negros, deficientes e índios. Citou o exemplo da UNB ? Universidade de Brasília, que há quatro anos utiliza na seleção dos acadêmicos o sistema de cotas e a avaliação do ENEM.

*De acordo com Eduardo, na UNB o índice de aproveitamento dos estudantes de ?cotas? em relação com os outros acadêmicos é igual.

*?Estudantes colocados em condições de igualdade na universidade obtém índices iguais de aproveitamento escolar? afirmou Valverde.

REFORMA E QUESTÕES

*Na busca do fortalecimento da Universidade Pública, Valverde citou que apenas 30% dos universitários brasileiros freqüentam o ensino público. O Brasil se tornou no país com a maior participação privada no ensino superior.

*Com a reforma o governo quer reverter este processo e ampliar a participação do setor publico na educação superior. Para isto se faz necessário a ampliação dos recursos destinados a área e um maior investimento em pesquisa e extensão.

*A mercantilização do ensino superior, com a criação de faculdades que são verdadeiras caça níqueis estão na mira da reforma universitária. O estado deve garantir a expansão ordenada, evitando a proliferação deste tipo de instituição que buscam tão somente o lucro exorbitante e não estão comprometidas com a qualidade do ensino. A reforma cria mecanismos de controle destas instituições.

SUGESTÕES

*Ao final da explanação do Deputado, os estudantes fizeram diversos questionamentos e apresentaram sugestões ao parlamentar. Dentre as sugestões apresentadas pelos estudantes está à questão do sistema de avaliação dos acadêmicos do FIES e PróUni em relação aos outros.

*De acordo com os acadêmicos, enquanto os participantes dos projetos governamentais têm que ter média sete para a aprovação, os outros podem ser aprovados com seis ou cinco de média, dependendo da instituição particular.

*Na busca da qualidade do ensino superior parece que algumas faculdades estão na contramão da história, exigindo pouco de quem paga integralmente a faculdade.