O comando da mais alta Corte de Justiça do Brasil ser de uma mulher, a carioca Ellen Gracie Northfleet, Ministra do Supremo Tribunal Federal, desde o ano 2000, sendo a primeira e até então única mulher a integrar esta corte, “é um fato histórico e o reconhecimento expresso da importância do trabalho da mulher no país. É uma honra”, disse a Desembargador Zelite Andrade Carneiro em entrevista ao site noticianahora.com.br.
*Para a Desembargadora Zelite Carneiro, “a ministra Ellen Gracie dignifica as mulheres com a sua postura e com a sua eleição em um colegiado masculino em que a rigidez do tom é quebrada pela sua presença feminina”. Sobre se haverá algum tipo de mudança na condução do Supremo Tribunal Federal pelo fato de a presidência ser de uma mulher, a Desembargadora assim se manifestou:
*“Certamente que a ministra Ellen Gracie vai imprimir, no exercício da sua administração, seu jeito especial de ser. A sensibilidade feminina, por certo, determinará um ritmo de administração especial”.
*Quanto ao fato de que em Rondônia o Tribunal de Justiça nunca teve uma mulher na sua presidência, a Desembargadora responde que, “com efeito, nunca tivemos uma mulher na presidência do TJ. Mas não será impossível vez que integram a Corte duas mulheres. Mais cedo ou mais tarde isso poderá acontecer”.
*De acordo com a ordem de antiguidade na Corte de Justiça do Estado de Rondônia, a Desembargadora Zelite Carneiro, se posiciona logo após o Desembargador Sebastião Chaves, atual presidente do Tribunal. Logo, mantida a tradição de eleição para presidência do Tribunal de Justiça do Estado, a Desembargadora deve ocupar a cadeira de presidencial da Corte no biênio 2008/2009.
*Quanto a Ministra Ellen Gracie também presidir o Conselho Nacional da Justiça, a Desembargadora Zelite Carneiro afirma que é uma conseqüência natural pela sua condição de presidente do STF. Sobre como vai ser o comportamento da Ministra Gracie no comando do CNJ, diz que “com o tempo é que conheceremos a dinâmica que a ministra vai imprimir na condução dos trabalhos do CNJ” e acreditar firmemente que a Ministra cumprirá à risca os objetivos fundamentais do Conselho “porque ela tem se pautado na sua vida jurídica pela fiel observância das leis. Certamente o seu toque especial marcará a sua administração. As pessoas podem até se surpreender com a firmeza com que a ministra Ellen Gracie possa conduzir as questões polêmicas que venha a enfrentar, porque sensibilidade não significa fragilidade”, finalizou.