Identidade CulturalOuvindo hip hop e fazendo grafites, a juventude de Porto Velho acaba tendo que esperar o carnaval da praça do Camurça ou a pipoca do ?Fora de Época?. Leia mais...

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Foto: Divulgação

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*Muito se falou durante a semana sobre a dita ?baianização? do carnaval ou mesmo da cultura local. Todavia, não é bem uma invasão de baianos, é coisa bem maior. A cultura de massas é há muito tempo uma ameaça a qualquer manifestação da cultura popular.

*Sérgio Paulo Rouanet, em vários de seus ensaios, no seu ?As razões iluminismo?, critica profundamente o sentimento preconceituoso das elites brasileiras, ao atacarem com desdém a cultura do povo, e ao mesmo tempo agirem com permissividade em relação à massificação da produção cultural. Enquanto se ri da literatura de cordel, assiste ensimesmada a novela das oito.

*Em Rondônia, enquanto se discute se é bom ou não ouvir axé, continuamos sem identidade cultural. Historicamente seria compreensível, dada a pouca idade do Estado e as diversas origens de seu povo. No entanto, é ainda vergonhoso que as manifestações da cultura sejam motivo de chacota, ou mesmo pauta para debates modorrentos e sem interesse.

*A cultura ser de massa, não incomoda, pois para alguns, o que interessa é que a massa não tenha cultura. Nas esquinas da periferia, ou no circuito cultural da cidade, se vêem as mesmas caras, respectivamente, é claro.

*Nas beiras das ruas do JK, São Francisco ou Caladinho são jovens, com diplomas ou não, que entendem por cultura local qualquer coisa que não lhes foi apresentada. E os artistas, que por mais que tenham valor e talento, não conseguem entrar no movimento cultural do gueto.

*Ouvindo hip hop e fazendo grafites, a juventude de Porto Velho acaba tendo que esperar o carnaval da praça do Camurça ou a pipoca do ?Fora de Época?. Transformam ambos em campos de batalha. Facas, socos e pontapés e fora dos cordões excludentes dos blocos, eles vão continuar a querer chamar a atenção.

*Axé ou Vai Quem Quer não é a discussão mais interessante. Melhor seria apresentar meios para que se pudesse discutir os fins. Mas é melhor e mais fácil cantarolar a cantiga repetida do ano passado.

*Pra quem quer ajudar alguém a fazer mais do que ?achar?, pode procurar a Fundação Rede Amazônia ou uma Agência dos Correios, se inscrever no Projeto Amigos da Escola e se tornar voluntário, ou procurar o Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua (MNMMR), coordenado pelo Samuel Pessoa, que desenvolve um belo trabalho educacional baseado na cultura popular, ou até ajudar a Rede de Agentes da Cidadania, da qual faço parte, a preparar projetos culturais para a juventude de Porto Velho. Pois enquanto continuarmos a trocar discursos e letras pomposas, nossa cara não vai se parecer com nada.

adriel_diniz@hotmail.com

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