Jornalista americana discute credibilidade e liberdade de imprensa em palestra - Confira fotos

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Foto: Divulgação

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*01 - Barbara Crossette, jornalista norte-americana, com mais 30 anos de atuação na área

*02 - Paulo Andreoli (Rondoniaovivo.com) ao lado de Barbara Crossette e Marcelo Soares

*Na manhã de quinta-feira na sala de multimeios do Complexo Universitário Uniron, a jornalista norte-americana Bárbara Crossette - acompanhada de Marcelo Soares, gerente executivo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), tradutor e também jornalista - apresentou uma palestra sobre ética e credibilidade nos veículos de comunicação, fazendo um comparativo entre a imprensa nos Estados Unidos e no Brasil.

*A palestra foi um evento conjunto do Portal 364 e Uniron, e apresentou os aspectos e diferenças no trabalho da imprensa americana em comparação com a brasileira.

*A palestrante, uma das mais conceituadas jornalistas em sua área de atuação, jornalismo impresso ? ela trabalhou durante 30 anos no New York Times e chefiou os correspondentes do jornal na Ásia (1988 a 1991) e nas Nações Unidas (1994 a 2001). *Desde outubro do ano passado Bárbara viaja pelo Brasil, administrando palestra e pesquisando as atividades jornalísticas. Ela disse que o problema mais freqüente na contribuição da má qualidade dos serviços de um veículo de comunicação é a falta de infra-estrutura, de dinheiro para que ocorra investimento tanto na parte tecnológica ? maquinário ? quanto na qualificação da mão-de-obra.

*Ela ressaltou porém que em termos tecnológicos as melhores publicações brasileiras se equiparam às norte-americanas, pois existe a preocupação de garantir um aspecto qualitativo de primeira, pois a exigência do público leitor é alta em ambos os países, o que não ocorre em países da Ásia e Leste Europeu, que não investem em tecnologia.

*Barbara citou o caso em que a própria estrutura editorial de alguns jornais desconhecem as prioridades de matéria de capa, manchetes, e as de segundo plano, como no Nepal, Himalaia, onde jornalistas da região perguntavam à ela que notícias deveriam ser priorizadas na capa dos jornais. *LIBERDADE DE IMPRENSA ? Um dos aspectos levantado pela jornalista em relação a liberdade de imprensa que ocorre nos Estados Unidos, é que lá existe uma emenda na Constituição americana que permite que ela, a liberdade, seja exercida com naturalidade, sem pressão política. O que não ocorreu no Brasil, pois existiram intervalos em que essa liberdade era cerceada, como nos casos da ditadura do governo de Getúlio Vargas ? década de 40, com a criação do DIP ? e a ditadura militar iniciada a partir do AI-5, na década de 60.

*Ela lembrou que o Governo americano não tem participação na política salarial ou mesmo na regulamentação profissional do jornalista norte-americano, pois são ações trabalhistas que ficam a cargo dos veículos de comunicação. O editor cuidar para que a liberdade seja expressa como promulga a constituição americana, dependendo do veículo, por vezes não existe obrigação do jornalista ser formado ou graduado por uma Faculdade. ?Lá, na verdade, os formandos dão mais trabalho para as empresas, pois tem muita teoria e nenhuma prática?, disse ela.

*CREDIBILIDADE - Um dos pontos mais interessantes da palestra foi quando a jornalista falou sobre a credibilidade que um veículo de comunicação tem com o seu público-alvo, ou mesmo a força de um jornalista em se manter íntegro à ética e sustentar respeito com o seu leitor (jornal impresso e Internet), ouvinte (rádio) ou telespectador (telejornal).

*Barbara falou que a inclinação para o conflito por parte de algumas empresas, na busca de briga pelo que está errado, desqualifica o trabalho de algumas empresas de comunicação.

*Ela apontou que o excesso de auto-confiança e a arrogância por parte de profissionais da imprensa contribuiu para a queda da credibilidade do jornalismo norte-americano, principalmente no que tange em matérias que mobilizaram a opinião pública internacionalmente. *Outro problema é em relação a ?matéria-celebridade?, chamada de busca de matéria-evento, onde a nova geração de jornalistas nos Estados Unidos conciliam inoportunamente opinião com objetividade, priorizando a subjetividade dos fatos. ?Os jornalistas que atuam hoje no mercado americano querem se tornar tão celebridade quanto o que eles noticiam?, disse Barbara.

*Ela foi muito crítica quanto a postura de grande parte dos jornalistas norte-americanos, que chegam nas redações utilizando a vaidade para dirimir a sua carreira, fazendo matérias para ganhar prêmio e não informar corretamente o seu público.

*Após encerrar sua palestra Barbara respondeu algumas perguntas dos jornalistas e radialistas presentes ao auditório, que tiraram suas dúvidas no exercício da profissão nos Estados Unidos e a comparação com o Brasil.

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