Hoje (26/11) é dia de um dos frutos mais consumidos no Brasil e no mundo, a melancia. Sua origem é africana, mas ela passou a ser consumida no mundo inteiro por seu sabor levemente doce e sua polpa suculenta. Ela é rica em água, fonte de carboidratos, possui vitaminas importantes para o organismo, como as vitaminas C e A, além de sais minerais como cálcio, magnésio, fósforo, sódio e potássio.
Por meio de políticas públicas que impulsionam a produção e a comercialização, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) tem apoiado milhares de famílias agricultoras que encontram na melancia uma importante fonte de renda, sustentabilidade e inclusão no mercado nacional. O cultivo da fruta é exemplo do impacto transformador que o trabalho no campo traz para a economia e a segurança alimentar do país.
Cultivo diversificado e sustentável
A melancia é uma planta rasteira que pertencente à família das cucurbitáceas. No Brasil, há duas maneiras de cultivo, sequeiro e irrigado, sendo que na região Nordeste estão os centros mais produtivos da fruta. Do plantio, que pode ser feito em sementes ou mudas, até o período da colheita, são entre 80 e 100 dias.
De acordo com o Agrianual de 2022, o Brasil é o quarto maior produtor de melancia do mundo, ficando atrás da China, Turquia e Índia e a agricultura familiar tem papel fundamental na conquista desse título. O fruto é produzido em todas as regiões do país, mas a Região Nordeste está no topo da cadeia produtiva da melancia em área plantada e quantidade produzida, correspondendo a 37,5% da produção nacional.
No Brasil, a melancia é o terceiro fruto mais apreciado no mercado nacional e uma das culturas mais plantadas pela agricultura familiar, por sua praticidade e curto tempo.
Segundo dados do IBGE, em 2023, o Brasil produziu mais de 1,7 milhão de toneladas de melancia, em mais de 150 mil estabelecimentos rurais. A Bahia foi o estado que mais produziu a fruta, no ano passado.
O Nordeste lidera em termos de área colhida e de produção (37,5%), com destaque para os estados do Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco. Em seguida está a Região Sul, que representa 16,8% da produção de melancia do País. As regiões Centro-Oeste e Norte tem uma produção próxima, sendo responsáveis por 16,6% e 16,4% respectivamente. A Região Sudeste representa 12,7% da produção nacional.
Uruana, em Goiás, é a "Capital Brasileira da Melancia", referência em tecnologia de cultivo e qualidade. A cidade possui até um festival anual dedicado à fruta, onde acontecem competições de plantio e colheita e comercialização de produtos feitos com a fruta, além do concurso de Miss Melancia.
Importância para a agricultura familiar
Por ter um ciclo curto de produção, a melancia gera retorno financeiro em poucos meses. Esse fator é essencial para as famílias agricultoras, especialmente em regiões de clima semiárido, onde a fruta se adapta bem. Além disso, a demanda constante no mercado interno e externo torna o cultivo uma opção viável para diversificação e ampliação da renda.
Programas de incentivo do MDA, como linhas de crédito específicas pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e políticas de acesso ao mercado, têm sido fundamentais para que agricultores familiares possam investir em tecnologias de irrigação, insumos de qualidade e práticas sustentáveis, aumentando a produtividade e promovendo o manejo consciente dos recursos naturais.
Por meio de iniciativas como Assistência Técnica e Extensão Rural, o MDA apoia os agricultores familiares no cultivo de melancia e outras culturas. Essas ações buscam não apenas melhorar a renda das famílias, mas também fortalecer a segurança alimentar do país, garantindo que alimentos frescos, saudáveis e de qualidade cheguem à mesa dos brasileiros.
Neste Dia Mundial da Melancia, o MDA celebra os agricultores familiares que, com dedicação e inovação, transformam o cultivo dessa fruta em um exemplo de sucesso e sustentabilidade. A melancia é um símbolo de como a agricultura familiar pode refrescar a economia do Brasil.