FUTEBOL: Copa Verde pode impulsionar times rondonienses a objetivos maiores

Copa Verde cresce em importância para o desenvolvimento do futebol em regiões com menos representatividade no cenário nacional

FUTEBOL: Copa Verde pode impulsionar times rondonienses a objetivos maiores

Foto: Arena da Amazônia durante partida entre Nacional-AM e Remo-PA

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A ideia de que o futebol deve ser inclusivo não é recente, mas as medidas práticas para que isso aconteça nem sempre são frequentes. Aliás, não foram raras no Brasil, na história do esporte mais popular do país, tentativas de elitizar competições, vide as diversas interferências do extinto Clube dos 13 junto à CBF para criar competições com participação única dos gigantes mais ricos e tradicionais da bola – os times do Sul e Sudeste.

 

Algumas décadas depois e com o futebol mais espalhado pelo país, especialmente em polos urbanos com menos tradição esportiva, a CBF e os clubes começaram a bolar ideias de inclusão, criando competições especiais para clubes que, antes, tinham que se conformar em disputar o campeonato estadual ou, com sorte, as divisões inferiores do Campeonato Brasileiro.

 

Alguns resultados ao longo dos anos incluíam os módulos especiais do Brasileiro, competições de vida curta como o Torneio Norte-Nordeste e, mais recentemente, a criação da agora consagrada Copa do Nordeste, a popular “Lampions League”. Atualmente é possível apostar em mais times e campeonatos de diferentes regiões do que há poucos anos.

 

Mesmo com tudo isso, faltava ainda uma competição voltada especificamente para as regiões com menos tradição no futebol brasileiro: o Norte e o Centro-Oeste. Foi aí que, com a empolgação da Copa do Mundo de 2014 sediada aqui, a CBF criou a Copa Verde, que finalmente colocou diversas agremiações no mapa da bola.

 

Entre gigantes, novatos e aventureiros

 

Com algumas poucas exceções, a região Norte nunca teve visibilidade nacional no futebol, entre as quais vale citar os tradicionalíssimos paraenses Remo e Paysandu. O Papão do Norte chegou nas oitavas da Libertadores da América em 2003, o maior feito de um clube de todo a região.

 

A criação da Copa Verde oferece crescente relevância para os times de estados cujo futebol muitas vezes não recebia atenção. Embora o propósito original da Copa Verde fosse reunir clubes das regiões Norte e Centro-Oeste, ela também passou a acolher clubes do Espírito Santo, único estado da região Sudeste que nunca teve grandes representantes entre a elite brasileira até hoje.

 

Em se tratando especificamente da região Norte, a Copa Verde passou a ser importante como substituta da antiga Copa Norte, cuja última edição foi em 2002. A partir de 2014, a nova competição ganhou vida e passou a ter importância não apelas pelo formato interestadual, mas por dar vaga a competições de maior renome – inicialmente a Sul-Americana, depois a Copa do Brasil.

 

Estados que quase nunca apareciam no cenário do esporte passaram a ter vaga para seus clubes, casos de Acre, Roraima, Tocantins e Rondônia, por exemplo. Rondônia, especificamente, tinha duas vagas para a competição, mas passou a contar com apenas uma vaga, cedida diretamente ao vice-campeão estadual – sendo que o campeão iria diretamente para a Copa do Brasil. Ambos, porém, ganham acesso à Série D do Brasileirão.

 

A existência de um grande certame local para os times rondonienses provarem seu valor pode também aumentar sua popularidade e o número de torcedores interessados em apostar neles ao invés dos grandes times nacionais mais fortes. Hoje já é possível apostar no Rondoniense Social Clube, no Ji-Paraná ou no Vilhenense nos melhores sites de apostas e cassino online, mas ainda há um longo caminho a percorrer até essas e outras opções ganharem mais visibilidade.

 

Esse caminho, aliás, podecomeçar precisamente com uma performance notável na Copa Verde. Foi dessa maneira que times como o Manaus FC e o Cuiabá passaram a ganhar notoriedade e relevância. Esse último, inclusive, chegou bem longe na Copa do Brasil 2020, caindo apenas nas quartas de final, diante do todo-poderoso Grêmio de Porto Alegre, mas depois de eliminar o Botafogo, do Rio de janeiro.

 

Importância crescente

 

A Copa Verde, definitivamente, é uma via de acesso nacional valiosa para muitos times que simplesmente não conseguem sobreviver às fases de mata-mata da Copa do Brasil ou então que não têm a estrutura financeira para um torneio de longa temporada, mesmo de divisões inferiores, como são as Séries C e D do Brasileirão.

 

Da mesma forma que a Copa Nordeste se tornou uma espécie de versão regional da Champions League, venerada e cobiçada, a Copa Verde tem tudo para ser a melhor solução para impulsionar o futebol da região Norte e Centro Oeste. No longo prazo, quem sai ganhando é o futebol brasileiro como um todo, que ganha em competitividade, qualidade e número de interessados – e aí entra o dinheiro, naturalmente.

 

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