Efetivado no Corinthians há apenas três semanas, Loss convive com a mesma pressão que outros colegas sofreram depois da saída de Tite rumo à seleção brasileira, em junho de 2016
Foto: Divulgação
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Um auxiliar técnico promovido depois que o treinador vencedor deixou o Corinthians por outro projeto. Um período instável, marcado pela desconfiança da torcida, com mais derrotas que vitórias. Esse roteiro voltou à tona no clube alvinegro depois de dois anos, agora com Osmar Loss como personagem principal.
Efetivado no Corinthians há apenas três semanas, Loss convive com a mesma pressão que outros colegas sofreram depois da saída de Tite rumo à seleção brasileira, em junho de 2016. À época, até Fábio Carille, figura quase unânime no clube depois de uma passagem de 17 meses, esteve em situação similar à de Loss.
Naquela ocasião, o treinador campeão brasileiro em 2017 e bicampeão estadual pelo Corinthians chegou a comandar a equipe em três jogos, entre a saída de Tite e a contratação de Cristóvão Borges. O desempenho, assim como o de Loss, não foi bom: em três jogos, o time alvinegro perdeu duas vezes, com uma derrota.
O Corinthians também defendia o título brasileiro e sofreu a mesma queda acentuada na tabela do Brasileirão. Antes, com Tite, o time disputava as primeiras posições do campeonato. Depois, com Carille e Cristóvão, limitou-se às colocações intermediárias. Ao fim do campeonato, depois da demissão de Cristovão, o retorno de Carille ao cargo de auxiliar e a contratação de Oswaldo, a equipe ficou fora até mesmo da zona da Libertadores.
Passadas duas temporadas, o Corinthians se vê na mesma situação. Depois da saída espontânea de Carille, o time flerta com a crise cada vez mais iminente. Em seis jogos com Loss, a equipe conquistou apenas uma vitória - são três derrotas e um aproveitamento de apenas 27%. No último sábado, um empate sem gols com o Vitória em Itaquera fez muitos torcedores vaiarem o treinador pelo segundo jogo consecutivo.
A diretoria corintiana, porém, ainda mantém a posição tomada tão logo Carille aceitou a proposta do Al-Wehda, da Arábia Saudita. Loss continua sendo a aposta de Andrés Sanchez, que, inclusive, declarou apoio público ao treinador depois do empate com o Santos por 1 a 1 na Arena Corinthians há uma semana.
O mandatário acredita que a parada de 32 dias para a disputa da Copa do Mundo, incluindo dez dias de folga para jogadores e comissão técnica, ajudará o Corinthians a reencontrar o caminho das vitórias. A série de desfalques, na avaliação do presidente corintiano, prejudica o trabalho do sucessor de Carille.
A diretoria ainda crê que o tempo escasso no apertado calendário brasileiro também dificulta a busca por resultados positivos. Em 20 dias com Loss no comando, o Corinthians entrou em campo seis vezes e teve a chance de treinar com os titulares em campo em apenas sete oportunidades, quase sempre na véspera das partidas.
Depois de 11 rodadas disputadas, o Corinthians, que enfrenta o Bahia nesta quarta-feira à noite em Salvador, ocupa a nona posição na tabela, com 16 pontos. O time, assim, está longe do primeiro objetivo traçado na era Loss, de ficar próximo dos líderes antes da pausa para o Mundial da Rússia.
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