A ausência de humildade do nosso futebol - Por Zina

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Foto: Divulgação

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Podemos classificar como vexame o desempenho do Clube Atlético Mineiro no Mundial de Clubes da FIFA? Campeão da Libertadores, a equipe mineira foi derrotada na semifinal pelo Raja Casablanca, time que representava o país que sediava o torneio, o Marrocos. Desclassificado, o Galo disputou o terceiro lugar, e venceu. Os atletas festejaram o feito timidamente. Pergunto: é fato para se comemorar?

            Acredito que o Mundial organizado pela Fifa não tem o formato que considero ideal. Em 2000, o primeiro deles, foi disputado por oito clubes divididos em dois grupos com quatro. Classificaram para a final os que terminaram em primeiro nos seus respectivos grupos. Outro aspecto importante é o momento da disputa. Deveria ser disputado no meio do ano, ao término das competições continentais. Assim, manter-se-ia o clima de disputa. Mais, o país-sede não deveria ter um representante. Este seria um modelo melhor do que o atual.    

            Apesar da diferença técnica entre as equipes, ter perdido a competição não deve ser visto como algo vexatório, ainda que não tenha sido na final, e para um time europeu. O clube mineiro teve muita projeção, haja vista a exposição que houve da sua marca e de seus patrocinadores. Sem contar que o resultado nas quatro linhas não foi denegrido por questões extracampo, como vemos no nosso campeonato nacional.     

            Guardadas as devidas proporções, seleções que ostentam título mundial já foram eliminadas nas fases iniciais de Copas do Mundo e ainda são respeitadas no meio futebolístico. A França campeã em 1998 foi desclassificada do mundial seguinte sem ter feito nenhum ponto em três jogos. Pior: não marcou um golzinho sequer! Na última Copa, a tetracampeã Itália também foi eliminada  na primeira fase, num grupo que continha a Eslováquia e a Nova Zelândia.

            No futebol, aos brasileiros falta a humildade que tanto nos caracteriza. Nas Libertadores que disputamos, somos sempre favoritos. Desprezamos arrogantemente os Emelecs, Nacionais e Tijuanas que aparecem na competição. Cansei de ouvir que temos jogadores para montar três seleções a cada Copa do Mundo, e vencê-la com qualquer uma delas. Nesta brincadeira, ficamos 24 anos sem um mísero título mundial, de 1970 a 1994.

            Há muita virtude em reconhecer que não fomos os melhores. Que talvez não sejamos os melhores atualmente. A seleção de Felipão parece entender bem isso, como entendeu em 2002 e trouxe o título merecidamente. O torcedor atleticano deve comemorar sim, já que não é todo dia que se disputa um Mundial de Clubes, que se aparece com exclusividade no Jornal Nacional. Derrotas como essas não são permitidas a qualquer um, é necessária a competência que o Galo demonstrou para estar lá.

 

Zina é apresentador do programa Loucos por Esporte da rádio Caiari, AM 1430, de segunda a sexta, das 18 às 19 horas.

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