Flamengo: carreata por motivos relevantes – Por Zina

Da Redação

06 de Novembro de 2013 às 15:15

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Flamengo: carreata por motivos relevantes – Por Zina

Foto: Divulgação

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Uma enorme carreata acontecerá em nossa cidade, caso o Flamengo conquiste pela terceira vez a Copa do Brasil. Nada mais justo, afinal será um título nacional de enorme importância que classificará a equipe para a Copa Libertadores de 2014. Há algumas semanas, uma outra esteve bem perto de acontecer, quando esta mesma equipe, pela primeira vez no campeonato brasileiro, atingiu a sétima colocação ao vencer o Internacional em partida válida pela vigésima sétima rodada.

Naquela ocasião, mais de dois terços dos jogos já haviam sido realizados, precisamente 270 partidas, sendo que, coincidentemente, Flamengo e Internacional jogaram numa quinta-feira e encerraram a referida rodada.

Os que conhecem os flamenguistas aqui de Porto Velho sabem que não há exagero no que escrevo. A conquista da sétima colocação por pouco não causou uma comemoração digna de carreata. Houve um entusiasmo impressionante, algo até inexplicável, se levarmos em conta que equipes com orçamentos mais modestos chegaram a ocupar posições mais relevantes, inclusive a liderar a competição, caso do Coritiba, por exemplo.

Há que se ressaltar que não se vê mais de dez torcedores do Atlético Paranaense, ou do Vitória, em cada esquina de nossa cidade, para exemplificar com outras equipes que conseguiram colocações superiores à do rubro-negro carioca. Entretanto, embora inferiores nesta comparação, os poucos que aqui residem, se reunidos, não atingiriam nem dez por cento do otimismo de apenas um flamenguista com a obtenção da excepcional sétima posição..

A cidade foi invadida por frases do tipo: “deixaram chegar, agora já era!” ou “o campeão voltou!”. É evidente que a conquista do título brasileiro de 2009 tem uma parcela de culpa nesta comoção. Um título merecido, ainda que obtido em circunstâncias improváveis, com técnico interino e com os auxílios de Corinthians e Grêmio em jogos decisivos. De fato, a criação desses mantras só isentam a diretoria da falta de planejamento e organização que assolam o “mais querido do Brasil” por diversas gestões.

É um conformismo que só faz mal aos que realmente querem um clube bem administrado. Um círculo vicioso que dificilmente traz resultado. Desde o título brasileiro de 1992, foram apenas duas conquistas nacionais até 2012: o Brasileirão de 2009 e a Copa do Brasil de 2006, cuja competição não reuniu as equipes que participaram da Copa Libertadores daquele ano. Numa conta bem simples, foram míseras duas taças em 20 anos. Neste caso não estou considerando a Copa dos Campeões, que, convenhamos, não diminuiria em nada este desempenho para lá de pífio.

A Nação, que se diz composta de 40 milhões de torcedores, deve fazer valer todo este potencial, não se restringindo à causalidade. É um clube que só com direito de transmissão receberá a partir de 2015 cerca de 170 milhões de reais por ano. Administrado corretamente, títulos importantes causariam carreatas relevantes, não hilárias, como as que parecem acontecer por motivos medíocres.

Zina - apresentador do programa esportivo Loucos por Esporte na rádio Caiari (AM 1430) de segunda a sexta às 18 horas.

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