ENÉZIMA REUNIÃO
Parece que paciência é uma das virtudes do deputado Dr. Neidson (PMN). Além de tentar impedir uma manifestação que poderá resultar em um eventual bloqueio no entroncamento da BR-425 com a BR-364, o deputado ainda sonha ser atendido pelo Governo.
PROTESTO
A manifestação está programada para ocorrer como forma de protesto pelo abandono da obra do que deveria ser o novo Hospital Regional (HR) de Guajará-Mirim. Um empreendimento iniciado quase dez anos atrás.
HOSPITAL
26 meses se passaram desde a posse do Governador Marcos Rocha e a conclusão do hospital, 85% já construídos, tem sido uma enrolação que deve durar até o momento em que o material já comprado e guardado nas dependências do dito hospital virem sucata.
QUIETOS
Deputados que não querem rusga com o governo evitam se manifestar sobre o que já teriam ouvido nos bastidores. De que Marcos Rocha, Fernando Máximo e outros integrantes da gestão estadual já teriam deixado claro que o Estado não tem como manter o novo hospital, por isso o descaso com o problema.
NOVO COMANDO
Como falta pouco tempo para terminar a gestão, sem nenhuma certeza de que há uma mínima chance dos mesmos permanecerem no poder, que os novos gestores assumam a causa.
RESPONSABILIDADE
O mais incrível nisso tudo é que, aparentemente, não há um único ente público fiscalizador preocupado com o que já foi torrado do dinheiro público na tal obra.
SUAVIZAR
Diz o ilustre deputado, que a reunião seria para prestação de esclarecimentos quanto à conclusão da obra e também uma alternativa de acalmar os ânimos. O problema é que a complacência de quem precisa do hospital já chegou no limite.
SITUAÇÃO
Na verdade, o próprio deputado Neidson explica que poderia ser o interlocutor nessa questão o problema é quem nem para ele o governo presta contas. O deputado afirma que Marcos Rocha teria prometido uma planilha que já teria sido analisada, aprovada e reencaminhada pela Caixa Econômica Federal ao Governo do Estado e que, através da Supel, aconteceria então a licitação.
SEM RESPOSTA
O deputado enfatiza que não sabe em que pé anda a licitação e nem se houve um levantamento do valor total para a conclusão do HR.
GRAVIDADE
Rondônia atinge o pior momento desde que a pandemia chegou ao Estado. Hospitais estão com UTIs lotadas e não há mais como receber pacientes. A afirmação foi feita ontem pelo Secretário Estadual de Saúde, Fernando Máximo.
SUPEROU
O Secretário Estadual de Saúde disse que todos os mais de 300 leitos de UTI, criados exclusivamente para atender pacientes com coronavírus, estão ocupados. Além disso, há uma fila enorme de espera por vaga.
AJUDA
Para piorar ainda mais a situação, os demais estados brasileiros também estão com UTIs lotadas e não estão mais recebendo pacientes de Rondônia.
SEM DISTINÇÃO
De acordo com o Secretário, outra informação grave é que às vítimas já não são mais somente pessoas com comorbidades. Máximo afirma que os dados atualizados sobre Covid revelam que 44% das vítimas fatais não tinham nenhum histórico de doença. O número de jovens infectados teria aumentado assustadoramente.
TROCA DE TIROS
A Polícia Militar informou que esteve no local onde houve a troca de tiros entre um agente da Polícia Federal e o marido de uma delegada. Diferente do que eu informei ontem. Na verdade, quando me referi que a PM não foi chamada, quis dizer que a mesma não foi acionada pelo Federal envolvido no fato.
TROCA DE TIROS 2
Já a delegada Leisaloma Carvalho, da Delegacia de Homicídios, explicou que em crimes de grande gravidade o registro de ocorrência pode ser feito pela Polícia Civil, caso os agentes cheguem ao local do fato antes da PM.
ALTA DE PREÇOS
Uma política instável provoca uma série de fatores que arde no bolso de cada cidadão. Por mais que Paulo Guedes tenha sido apresentado como um Guru da economia, sem ações efetivas ou com atos desajustados a alta de preços é algo inevitável.
REALIDADE
E não é muito difícil juntar as peças para entender como o governo Bolsonaro está perdido. Os aumentos da gasolina, gás de cozinha, passagens de ônibus,
alimentos, entre outros podem ser facilmente explicados.
PANDEMIA
Nem adianta colocar a culpa no gasto não programado usado no auxílio emergencial ou que o coronavírus seria a razão da situação que estamos vivendo. A causa, efeito, vão além. Veja por exemplo os combustíveis.
PRODUÇÃO
O Brasil produz a maior parte do petróleo que consome, e a custo relativamente baixo. O que as refinarias fazem é transformar o petróleo bruto em combustível: gasolina, gás de cozinha, diesel.
QUASE 100%
A Petrobras dominava 98% do refino, mas por causa de políticas de Temer e Bolsonaro que não deram certo, esse percentual caiu para 66%.
TRANSFORMAÇÃO
Abrir mão do refino pode significar entregar o poder de definir o preço da gasolina que pagamos às Bolsas de NY e Londres, que ditam as regras no mercado internacional.
CAMINHO ABERTO
Seguindo nesse caminho, seria praticamente inevitável à privatização e assim acabar tendo que dizer amém para o especulador. Afinal, seria a iniciativa privada que definiria os preços e ponto final. As contas de luz são um bom exemplo disso.
MUDANÇA
Foi no governo Temer, em 2016, que o preço do petróleo vendido pela Petrobras passou a acompanhar o preço praticado no mercado internacional, mesmo com os custos internos de produção sendo menores.
CONSEQUÊNCIAS
Esse alinhamento automático à cotação global provoca aumentos constantes que afetam o mercado interno, deixando o país exposto à instabilidade externa. Bolsonaro e Guedes contribuíram para esse tipo de política, fazendo a Petrobras vender ativos e refinarias.
BENEFICIÁRIOS
Felizes da vida com as medidas ficaram as importadoras de combustível e investidores do mercado financeiro que ganham bilhões com isso. Eles investem em ações da Petrobras buscando lucratividade de curto prazo e não investimentos de longo prazo.
PREJUÍZO
Diretamente quem perde com isso é a população, que tem o poder de compra reduzido. A Petrobras também perde poder de influenciar o preço do petróleo e os investidores que apostam em sua sustentabilidade de longo prazo como empresa forte.
SOLUÇÃO
As ações do governo tem de ter previsibilidade e racionalidade. Isso é possível fazer estabelecendo uma política transparente seguindo algumas regras.
PRIMEIRA
Ampliação dos investimentos, como forma de garantir sustentabilidade econômica de longo prazo da empresa.
SEGUNDA
Suspensão da venda das refinarias e retomada da atuação da Petrobras de forma integrada na cadeia econômica do combustível, do refino à distribuição. A estatal não pode se submeter apenas ao papel de mera exportadora de óleo cru.
TERCEIRA
Revogação da atual política de vinculação aos preços internacionais, estabelecendo uma estratégia que concilie previsibilidade para os investidores de longo prazo à necessidade de conter as flutuações internacionais.
MAIS UMA
É preciso também organizar uma economia menos dependente do petróleo e posicionar a Petrobras como peça chave nessa transição, ampliando gradativamente o investimento em biocombustíveis e usinas eólicas e solares.
DESGRAÇA
É necessário combater com todas as armas o vírus maldito que assombra o Brasil, mas também é necessário focar em políticas econômica e energética para atender os interesses da população e promover o desenvolvimento e a recuperação financeira.