Apresentações acontecem entre 13 a 15 deste mês no bumbódromo da cidade
Foto: Divulgação/Governo de Rondônia
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Após um hiato de seis anos, o festival folclórico Duelo da Fronteira, um dos maiores eventos culturais de Rondônia, volta a acontecer nos dias 13 e 15 deste mês (Outubro), na cidade de Guajará-Mirim, município localizado a 4 horas de Porto Velho.
As apresentações ocorrerão no bumbódromo, em uma das principais vias da Pérola do Mamoré, como é conhecida a cidade de Guajará-Mirim. A competição acirrada acontece entre os bois Malhadinho e Flor do Campo.
O festival foi criado em 1995. A última edição do evento ocorreu em 2016, mas não houve competição devido a uma tragédia ocorrida pouco antes do festival: o cantor e musicista Márcio Paz Menacho, de 45 anos, do boi bumbá Flor do Campo foi morto com um tiro no rosto durante um assalto dois dias antes do festival.
Nos anos seguintes, as apresentações não aconteceram pela falta de recursos por parte dos representantes dos bois bumbás Flor do Campo e Malhadinho. Em 2020, durante a pandemia, surgiu a ideia de realizar o festival de forma online pela primeira vez.
Patrimônio Imaterial
No dia 21 de Setembro (2023), o Governo do Estado emitiu o Decreto nº 28.455 elevando o Duelo na Fronteira” de Guajará-Mirim a Patrimônio Cultural e Imaterial de Rondônia.
O Duelo na Fronteira, considerado patrimônio cultural imaterial rondoniense, é parte integrante das manifestações culturais conhecidas como Boi-Bumbá, ou Bumba meu Boi no Maranhão, e desempenha um papel central na identidade das regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Na região Norte, essas manifestações passaram por um processo de (re)tradicionalização, iniciado em Parintins, com a incorporação de elementos das culturas dos povos amazônicos, como a cunhã-poranga e os rituais indígenas, além de influências das culturas afro-brasileiras presentes no Carnaval.
No contexto do Duelo na Fronteira, há um aspecto adicional, pois se trata de uma manifestação cultural binacional, que abrange as cidades irmãs de Guajará-Mirim, no Brasil e Guayaramerín na Bolívia.
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