Um grupo de mulheres - casadas com oficiais militares que estão servindo no Afeganistão - veem na música um refúgio do medo e da saudade. Baseada numa história real, a comédia sensível está em cartaz nos cinemas
Foto: Divulgação
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Como um refúgio em meio à saudade e ao medo, a música estabelece pontos de conexão entre mulheres de diferentes vivências, personalidades e compreensões do mundo. Casadas com oficiais militares, elas formam um coral enquanto maridos e esposas estão servindo no Afeganistão.
A arte convoca à vida, amenizando as angústias da falta de comunicação com seus cônjuges em combate. Assim pode ser assimilado o longa-metragem britânico “Unidas pela Esperança” (Military Wives), em cartaz nos cinemas.
Estrelada por Kristin Scott Thomas e Sharon Horgan, a obra apresenta o drama por meio de uma narrativa cômica e sensível.
O filme, dirigido por Peter Cattaneo - indicado ao Oscar de Melhor Diretor por “Ou Tudo ou Nada”, em 1998 -, põe luz a uma perspectiva pouco explorada: como ficam os familiares de militares em serviço? De certa forma, precisam - ainda mais - lidar com as duas certezas desta existência: a vida e a morte. Talvez a narrativa, baseada em fatos reais, revela muito mais sobre o poder da resiliência e da união.
Na trama de “Unidas pela Esperança”, o que se destaca são as diferentes formas de enfrentar o momento árduo e as consequentes trocas afetivas. Ali, há mulheres mais velhas, casadas há mais tempo, que enfrentam a situação com uma aparente fortaleza.
Outras, recém-casadas, não sabem como reagir (ou não conseguem esconder ainda). Algumas recorrem às piadas - brincam até com catástrofes, rotinas e os moldes de como a sociedade quer que reajam. Parecem fazer isso como um ato de sobrevivência.
Kate (Kristin Scott Thomas), esposa do comandante, propõe um calendário determinado de atividades. Lisa (Sharon Horgan), a nova diretora do Comitê Social da Base, prefere encontros informais. Na procura por algo que as unam em grupo, elas formam o coral.
A música passa a ser não só um passatempo, mas um propósito em meio a tantas complexidades internas.
O público conhece, assim, cada uma individualmente - para além do próprio grupo. Mesmo as personagens de menor destaque demonstram isso. Neste trajeto, amizades se desenvolvem entre risos e cantorias. Na trilha sonora do filme, “Time After Time”, de Cyndi Lauper; e “Don’t You Want Me”, de The Human League.
Com o movimento, o coral é convidado para uma apresentação num importante festival. No entanto, uma sequência de situações dramáticas são apresentadas. Algumas delas, inclusive, desencadeadas pelas diferentes personalidades de Kate e Lisa - as “líderes” do grupo. O filme alterna esses momentos com situações cômicas do cotidiano.
A inspiração deriva da história real do primeiro Coral de Esposas de Militares da base do Exercício de Catterick, localizada na região norte de York, no Reino Unido. A história levou à criação da série “The Coir: Military Wives”, da BBC, que documentou a formação do segundo coro, em 2011. Tais mulheres promoveram um movimento significativo: hoje, são mais de 2300 pessoas em 75 corais.
O roteiro do filme é de Rachel Tunnard e Rosanne Flynn. No elenco, estão ainda Jason Flemyng e Greg Wise. Em Fortaleza, é possível assisti-lo no Cinépolis RioMar Fortaleza. Local funciona com medidas de enfrentamento à Covid-19, como o uso obrigatório de máscara e o distanciamento social.
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