Direito Nosso Lutar Pela Cidade Por Professor Francisco Xavier

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Foto: Divulgação

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 As lutas dos acadêmicos do Campus da UNIR de Guajará-Mirim nunca foram fáceis, mas os obstáculos sempre foram superados pela organização, dedicação e empenho de todos, objetivando benefícios coletivos. Mais uma vez, o Campus enfrenta dificuldades estruturais, uma vez que existe a possibilidade de fechar o CURSO DE DIREITO no município. Por que será que essas coisas acontecem?

As próprias características do município de Guajará-Mirim já implicam dificuldades para quem quer estudar, porque a distância para a capital é muito grande e as famílias necessitam que seus filhos tenham acesso ao ensino de superior. E não é pelo fato de que a educação é direito constitucional; é pela condição social, política e econômica do município. A UNIR precisa cumprir seu papel quanto à extensão universitária. Os cursos existentes no Campus de Guajará-Mirim e nos demais Campi precisam atender anseios da comunidade dos municípios; não de gestores da instituição ou do Governo Federal.

Geograficamente, Guajará-Mirim e Nova Mamoré estão numa posição desfavorável, quando se fala de acesso ao ensino superior. O fechamento de cursos no Campus de Guajará-Mirim representa tirar das famílias da região o direito à educação e o direito à formação profissional, previstos na Carta Magna do país. Ampliar a oferta de vagas nas instituições públicas de ensino significa investir para que nosso estado cresça com qualidade e que o mercado de trabalho encontre nos profissionais a formação adequada para atender as demandas.

No aspecto econômico, são incalculáveis os prejuízos que as famílias de Guajará-Mirim e Nova Mamoré podem ter com o fechamento do Curso de Direito no Campus da UNIR. Certamente a Direção Superior da instituição não avaliou os problemas com a devida atenção. Problemas econômicos se transformam em problemas sociais e políticos, porque sem acesso ao Ensino Superior, muitos jovens e adultos ficam sem opções. Isto implica uma série de problemasde toda ordem.

E não devemos falar somente na questão local, mas principalmente na questão da representatividade política do município. Todos os Deputados Estaduais, Federais e Senadores ocupantes do mandato hoje tiveram votos em Guajará-Mirim e Nova Mamoré, além do Governador do Estado. É dever desses senhores e dessas senhoras entrar na luta para que o Curso de Direito instalado na UNIR de Guajará-Mirim permaneça e seja inclusive ampliado. Fechar cursos de Ensino Superior não pode ser visto como uma politica pública; mas sim como a falta de representatividade política do estado.

Do mesmo modo, a população em geral dos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré necessitam protestar contra essas medidas, para preservar e garantir que as futuras gerações tenham o direito à educação e a uma formação ampla. Assim como os atuais acadêmicos e servidores do Campus, a participação da sociedade será fundamental para que este duro golpe contra a formação de nossos jovens não seja praticado. Temos que levantar, ir à luta, mais uma vez, e mostrar que além da necessidade de estudar dos cidadãos da região de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, também precisamos lutar pela cidadania e pela dignidade de nosso povo. Vamos todos à luta!

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