FESTIVAL CASARÃO – Banda Versalle e Ricardo Koctus abrem primeira noite de evento – Por Marcos Souza

FESTIVAL CASARÃO – Banda Versalle e Ricardo Koctus abrem primeira noite de evento – Por Marcos Souza

FESTIVAL CASARÃO – Banda Versalle e Ricardo Koctus abrem primeira noite de evento – Por Marcos Souza

Foto: Divulgação

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Teve início a 11ª edição do Festival Casarão nesta quarta-feira (16). O tão aguardado multifacetado painel das bandas alternativas locais e de outros estados que pontuam nos quatros dias do mais amplo evento musical de Rondônia. A abertura aconteceu no Pirata’s Pub, e longe do programado - deveria iniciar as 23h00 – começou pouco depois da meia-noite com a banda Versalle, banda local formada no final de 2009.
 
Uma prévia antecedeu a apresentação da Versalle quando tocou a cover de “Fake Plastic Tree”, da banda Radiohead, dando sinal de que viria algo diferente. No show da banda ficou evidente que a guitarra solo de Rômulo é o diferencial – riffs e arpejos sobressaem nos arranjos -, porém o som não foi dos melhores, impossível compreender as letras das músicas cantadas pelo vocalista (e guitarrista) Criston e mesmo boas composições próprias como “Prezado Coração” e “Atrás da solidão” (singles) apesar de estarem um pouco aceleradas em relação as originais, não deixam de conotar semelhanças com Los Hermanos e os vocais sobrepostos com os backings de fundo guardam semelhanças com Beatles e Beach Boys (em alguns momentos – me perdoem os críticos mais ranhetas pelo sacrilégio – tem lampejos guardados em faixas do antológico álbum “Smile” – versão Brian Wilson).
 
Versalle tem uma pegada boa, bons arranjos (a banda tem uma cozinha rítmica interessante, com Rubens no baixo e Igor na bateria) e precisa caminhar e alargar os passos rumo a compor mais para sair da peja que guarda semelhanças com Los Hermanos – o que não deixa de ser uma excelente referência -. O barato maior mesmo foi no encerramento com uma cover bacana de “The bitter end”, do Placebo.
 
Em seguida a principal atração da primeira noite, Ricardo Koctus (baixista da banda Pato Fu), entrou com a banda formada por músicos da região, Santiago (baixo) e Binho (guitarra) integrantes da banda Semáforo 89, Rods (bateria) da Nitro e Tiago Sales (teclado) do Centro de Ensino Musical (CEM). Ricardo acabou de lançar um disco solo, intitulado simplesmente “Koctus” (Ultramusic), onde ele apresenta músicas autorais – cerca de 12 canções – com influências do cancioneiro popular brasileiro e do pop rock indie.
 
Notável que o som (parte técnica) com o Ricardo Koctus melhorou muito, o seu microfone estava incrivelmente audível e fácil de captar letras cantadas por ele como: "Ah, meu amor/ A vida segue em frente/ E, seja o que for/ O passado pouco importa pra nós dois" (da canção “Por você e ninguém mais”), um blues rasteirinho gostoso de ouvir. A pegada dos solos da guitarra de Binho foram essenciais, efeitos e um pedal afinadinho com os arranjos deram a finesse necessária.
 
Koctus é um gentleman no microfone e a sua experiência frente a The Presley Band (banda que iniciou seus vôos mais altos nos vocais) lhe deram o feeling exato do crooner e do músico. Empunhando um violão, ele desfilou um colar de pérolas salutar de versões e covers absolutamente brilhantes, daquelas de encher os olhos de um apreciador de boa música – seja pop, popular ou indie.
 
Quando ele dá aqueles acordes iniciais que marcou toda uma geração na década de oitenta, quem viveu sabe que se trata de “The Killing Moon” (uma das mais belas canções da história do rock indie), do Echo And The Bunnymen. Espacial, lírico no ponto certo ele pontua uma versão calma e instigante.
 
Brinca com a expectativa do público presente – que infelizmente foi pouco para ver um show tão bacana – quando canta um sucesso de Roberto Carlos, “Chore por mim”, versão de um clássico do jazz “Cry for me”.
 
O cantor não tem medo de correr o risco de ser piegas, afinal tudo é pop, até mesmo as referências aos standarts românticos como “Unchained Melody” – tema inesquecível do filme “Ghost” -. Quem encarou algumas Heinekens durante o show foi capaz de ver que Koctus dá vida até mesmo a um clássico do brega nacional do cancioneiro de Márcio Greyck.
 
Em determinado momento o solene foi invocado ao espaço do pequeno palco do Pirata’s quando Koctus não poupou os velhos corações roqueiros mandando uma versão branda, mas não menos impressionante de “Where is my mind”, clássico do primeiro álbum da banda Pixies – que este ano deve tocar no Woodstock Brasil, que ocorrerá em outubro em Itu (SP)_-.
 
O entrosamento da banda foi maravilhoso, com arranjos impecáveis, onde até o improviso parecia ensaiado. Para festeiros sobrou “La Bamba” (de Richie Valens) em uma breve mescla com “Twist and Shout” (The Beatles).
 
Entre as saideiras para encerrar o show vale destacar a versão crível de “Suspicious Mind” (Elvis Presley) e o destroçar de corações “Blue Moon” (The Marcels), com a absoluta apresentação do vocal de Koctus em estado de graça pela ótima noite proporcionada.
 

Insisto em dizer que foi uma pena o público ter sido tão pouco para um show tão caprichado e super cool. Como primeira noite, o Festival Casarão foi muito bem (obrigado).

Parabéns ao produtor cultural e organizado do Festival, Vinicius Lemos, a visão do mercado local em relação a eventos desse porte está clara e a estratégia muito bem estruturada.

 
 Marcos Souza, jornalista e editor-chefe
Direito ao esquecimento

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