Exposição fotográfica será atração na casa de cultura Ivan Marrocos na próxima sexta-feira (4)

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Foto: Divulgação

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Na visão de mundo da tradição religiosa afrobrasileira, estar em equilíbrio é estabelecer uma relação de preservação e troca entre os deuses/deusas, as pessoas e tudo que existe no universo. No entanto, para que esse equilíbrio aconteça é necessário que mulheres, homens, pedras, rios, animais, florestas, mares e terra sejam bem cuidados.
 
Para os(as) adeptos(as) das religiões afro-brasileiras o corpo é a morada dos(as) deuses(as), e por isso merece atenção especial no que diz respeito à saúde, possibilitando que voduns, inkices, orixás, mestres e mestras, caboclos, pretos-velhos e encantados possam manter a sintonia conosco.
 
O saber do terreiro propõe uma forma de lidar com a saúde que tem como finalidade o equilíbrio do corpo, através do fortalecimento da energia vital, proporcionando também a integração subjetiva e a inclusão social.
 
Dentro dessa perspectiva, os Ebós são rituais que visam corrigir várias deficiências na vida de um ser humano (saúde, amor, prosperidade, trabalho profissional, equilíbrio, harmonia familiar, etc.), variando sua composição conforme a finalidade, e os seus componentes vão desde bebidas a frutas, folhas, velas, adornos, alimentos secos, mel, óleo de palma, louças, artefatos de barro ou ágata, etc.
 
A estética que compõe tais rituais e o significado a eles atribuído pelos adeptos das religiões de matriz africana encontra-se amplamente estigmatizada na sociedade brasileira através de conotações negativas, generalizadas ao nível do senso comum como macumba, despacho, etc, embora os Ebós sejam uma obrigação de limpeza material e espiritual, cujo simbolismo contribui positivamente para a vida espiritual dos adeptos e da comunidade.
 
Em sua primeira exposição individual, Ariana Boaventura, propõe um olhar que procura aproximar as imagens rituais ao cotidiano da sociedade, contribuindo dessa maneira para a eliminação das desigualdades historicamente acumuladas por este grupo.
 
Na tentativa de diminuir as perdas provocadas pela discriminação e marginalização sofridas por motivos racistas, étnicos, religiosos e outros, a artista com sua sensibilidade, enfatiza os aspectos sublimes das religiões de matriz africana, numa tentativa de colaborar para a desconstrução dos estigmas, valorizando a memória simbólica da cultura afrodescendente.
 
Ao analizarmos mais detidamente a simbologia e o sentido dessas imagens, oriundas de tais ritos, seus usos, costumes e a plena aceitação por grande parte da população brasileira, que crê e respeita essa herança como parte da própria cultura e legado ancestral, pode-se vislumbrar um horizonte amplo e multidiverso, do qual todas as crenças podem compartilhar.
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