ARTIGO - Hoje é o dia da mentira? – Por Ruzel Costa

Da Redação

01 de Abril de 2010 às 17:02

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ARTIGO - Hoje é o dia da mentira? – Por Ruzel Costa

Foto: Divulgação

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Dia 1º de abril, data folclórica dia da Mentira no Brasil, April Fools Day nos Estados Unidos, na França Poisson d’Avril (peixe de abril) e em Portugal dia dos Enganos.

Infelizmente, no país em que vivemos não sabemos realmente o que é verdade ou mentira e uma mentira dita repetidas vezes pode virar uma verdade.

No país das “surpresas” vale lembrar a CPMF: dizia-se que o dinheiro era para custear a saúde, mas todo mundo sabe que o dinheiro arrecadado nunca chegou ao devido fim. A “contribuição” seria provisória, foi cobrada por mais de uma década, foi morta, porém pode ser ressuscitada com outro nome da mentirinha. Dizem que o Brasil é um país democrático, será? Num país realmente democrático “todos são iguais perante as leis”, mas não é isso o que vimos.

As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), que perda de tempo, de dinheiro e que na grande maioria não acaba em nada, só em pizza de vento. O voto outro exemplo, que é obrigatório, sugere ser mais que dever do que direito.

Outra grande mentira, quando economistas, analistas principalmente internacionais

dizem que o Brasil é um pais “em desenvolvimento”. Como? Se são grandes as desigualdades socioeconômicas, nem todos tem acesso a saúde, a educação (e nesse setor o que importa é a quantidade e não a qualidade, é só observar o número de analfabetos funcionais) ao saneamento básico, outra grande contradição e a falta de água potável e a maior bacia hidrográfica do mundo localiza-se aqui.

Nem o futebol escapa à fraude e à manipulação, o escândalo da máfia do apito, no campeonato brasileiro de 2005, quando um árbitro da FIFA “vendeu” onze jogos do campeonato, um dos maiores escândalos do futebol brasileiro. Outra o torcedor paga ingressos caros para assistir pelo menos 90 minutos de futebol, mas só assiste um pouco mais da metade da partida. E mais, mais....

Acredita-se que a brincadeira tenha surgido na França, pois desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de Março, começo da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1º de abril.

Em 1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX (1550-1574) que reinou entre 1560 até sua morte determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam.

Outra versão para a origem do dia da mentira é contada pelos estudiosos. Segundo eles, o príncipe Loraine, ao fugir do Castelo de Nacy, pregou uma peça no rei Luís XIII exatamente nesse dia. Sua intenção era brincar com o rei, nadando pelo rio Meurthe. Com a impopularidade de Luís XVIII, os franceses aproveitaram o fato para ridicularizá-lo.

Já no Brasil a data é “comemorada” devido a um periódico “A Mentira” que foi lançado em Pernambuco no dia 1° de Abril de 1848 e tinha em sua matéria principal a morte de D. Pedro II, o que foi desmentido no dia seguinte. O jornal durou poucos meses e foi fechado.

As grandes mentiras

Do comércio duvidoso: Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.

Dos falsos políticos: Meu mandato pertence ao povo.

Em quanto durar o casamento: Tudo o que é meu é seu.

Das diversas indústrias: Não contém aditivos químicos.

Dos estudantes: Prometo que ano que vem vou estudar mais

Das propagandas enganosas: Vendemos em 10 / 12 vezes sem juros

Dos casados: Bem vou ao barzinho tomar só uma.

Dos que querem emagrecer: Esse ano começo o regime ou essa semana começo na academia.

De alguém para alguém: Isto vai doer mais em mim do que em você.

De quem ta devendo ou não tem: O dinheiro não trás felicidade.

Outra do comércio: Estou te vendendo a preço de custo

Dos governos: O Brasil é um país justo, é muito justo.

Afinal todos os dias é o dia mentira.

Professor Ruzel Costa leciona na Escola Enio dos Santos Pinheiro, Colégio Objetivo e Faculdade Faro

Direito ao esquecimento

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