Instrumentista Artur Maia realiza workshop em Porto Velho - Por: Julio Yriarte (¹)

Instrumentista Artur Maia realiza workshop em Porto Velho - Por: Julio Yriarte (¹)

Instrumentista Artur Maia realiza workshop em Porto Velho - Por: Julio Yriarte (¹)

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

Na sexta feira (01.06.2007) esteve no palco da Escola de Música Jorge Andrade, nada mais, nada menos que o famoso contrabaixista brasileiro Arthur Maia num workshop promovido pela loja portovelhense Guitar Music, especializada em discografia e instrumentos musicais. A Guitar Music fica na Avenida Presidente Dutra, frente ao restaurante do SESC. O auditório da escola ficou lotado de uma atenta platéia formada por músicos de Porto Velho, das mais diversas tendências
O INSTRUMENTISTA
Artur Maia (44) é um músico com “M” maiúsculo que iniciou sua carreira aos 05 anos de idade com todas as dificuldades próprias de um menino nascido em berço pobre, e mais, numa época em que o pais não oferecia quaisquer tipos de vantagens ou facilidades para o aprendizado musical, oferecia sim, um olhar desconfiado das pessoas em volta de quem se arriscasse a aprender um instrumento. Artur Maia venceu toda a sorte de dificuldades, e tornou-se um dos maiores instrumentistas brasileiros da atualidade, merecendo reconhecimento, dentro, e até fora do país. O seu invejável curriculum registra trabalhos efetivos com grandes nomes da música popular brasileira, expoentes da estirpe de Djavan, Gal Costa, Banda Black Rio, Ivan Lins, Milton Nascimento, Cama de Gato, sendo que os últimos dez anos foram dedicados ao cantor e compositor e hoje Ministro da Cultura Gilberto Gil. Destaque para os 3 discos solo de música instrumental com temas instrumentais, em grande parte, de sua autoria.
A MÚSICA E O MÚSICO
Durante o workshop Artur Maia mostrou na prática, porque é reconhecido como um dos maiores instrumentistas brasileiros. Sem muito didatismo, nem estrelismo, mais com muita eficiência e clareza remeteu a música a um plano de compreensibilidade tal, que qualquer da platéia, conseguiu “captar” as nuances propostas. No decorrer da sessão tocou com músicos novos e experientes, deixando todo mundo à vontade. Na verdade, creio que quebrou alguns paradigmas próprios de alguns músicos “especialistas” que julgam conhecer os mistérios e caminhos musicais, a partir de certos estudos baseados na escola americana. Artur manifestou que independentemente de autodidatismo ou academicismo, o músico para ser considerado “bom”, tem que ser suficiente e necessário, ter bom gosto em detrimento da alta habilidade manual e navegar por todas as tendências, sem cerceamento de estilos. Que bom, porque penso também desta forma.
CONHECIMENTO DE ALTO GRAU
Durante sua demonstração, Artur trouxe à tona abundantes fraseados, convenções, cadências, escalas, ligaduras, foi surpreendente do inicio ao fim, e inclusive deu um show à parte tocando bateria, abusou do poder de improvisação vertical e horizontal valendo-se de escalas assimétricas, diminutas, pentatônicas, blueseiras e jazzísticas, de fraseados velozes e muito bem colocados construídos a partir de estruturas musicais de off side, de escalas tonais, atonais e modais dóricas, lídias, mixolídias, etc. Deu gosto ouvi-lo! De forma unânime, o público “curtiu” acaloradamente as nuances e habilidades deste verdadeiro acrobata/instrumentista. Valeu. Parabéns aos organizadores.
COMENTÁRIO EXTRA
Salvo melhor juízo, o músico deve necessariamente ser surpreendente e imprevisível, seja na parte vocal (interpretação em si, comunicação e interação com o público, exploração de graves e agudos), seja na parte corporal (dança, figurino, gestos e expressão), ou ainda, seja na parte musical (efeitos sonoros surpreendentes, improvisação, diálogos/desafios instrumentais, etc). Tal hermenêutica e dinâmica dará segurança e prazer aos intérpretes e instrumentistas, curiosidade, reação e deleite ao público, avaliação positiva aos críticos e imprensa, e garantia de um bom espetáculo e retorno promocional ou financeiro para os promotores/investidores. É claro que para viajar no inusitado, no extravagante, na improvisação, na dança e outras performances, é exigível habilidade, técnica, conhecimento e fundamentalmente “inspiração” que permitam a execução (a viagem) com bom gosto, expressividade e profissionalismo, capazes de agradar e prender a atenção real do público. Não é fácil, mas também não e difícil pra quem se dedica e leva a sério seu ofício. (¹) Instrumentista, Produtor Cultural e Acadêmico de Direito. Atualmente é Presidente da Fundação Cultural do Município de Porto Velho.
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS