Ji-Paraná: “Falta despertar a cultura local”, alerta Guia do Museu Marechal Rondon

Ji-Paraná: “Falta despertar a cultura local”, alerta Guia do Museu Marechal Rondon

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Foto: Divulgação

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*O Museu das Comunicações Marechal Rondon recebe poucas visitas na cidade de Ji-Paraná. O museu fundado em 1914 foi o Posto Telegráfico Presidente Pena, construído pela Comissão Rondon que deu início ao núcleo residencial, onde mais tarde ficou conhecido como Vila de Rondônia, atual Ji-Paraná. *Segundo a guia do Museu Loide Araújo do Nascimento, é escassa a presença da comunidade local e o incentivo a cultura quando se diz de cultura. “As pessoas da cidade não importam com vistas a Museu não fazem parte da cultura local. Normalmente, o Museu das Comunicações é visitado por turistas mineiros, pernambucanos, cariocas e paulistas, locais onde é fortemente percebida a questão das visitações”, disse Loide Araújo. *Para Loide Araújo que constantemente recebe os visitantes falta incentivo da mídia local para promover o desejo nas pessoas de estarem conhecendo um pouco da história do Estado de Rondônia. “Além da mídia que precisa divulgar mais, é necessário que as próprias escolas estaduais e municipais promovam momentos de visitação a pontos turísticos na cidade, principalmente ao museu. Aqui, quem vem mais são alunos de escolas particulares”, salientou. *Loide Araújo afirmou que a Universidade Federal de Rondônia (Unir) pouco comparece ao local, ao dizer: “Dificilmente acadêmicos da Unir visitam o Museu, nos últimos meses vieram apenas três, que na oportunidade estavam fazendo uma pesquisa sobre Marechal Rondon”. Segundo a orientadora, ainda em Janeiro visitaram apenas os alunos do PROACAP, da área educacional. *Segundo Loide Araújo a Fundação Cultural de Ji-Paraná tem feito a sua parte na manutenção, pois fez novas aquisições de objetos para auxiliar os trabalhos, mas falta a conscientização por parte dos órgãos estudantis e entidades, na pessoa de diretores e supervisores. “Essa cultura deve iniciar já na infância da pessoa”, destacou Loide. *“Tem gente que pede licença para visitar o museu. Acredita! Entram muitas das vezes por curiosidade, haja vista estão por perto tratando de negócios”, finalizou sorrindo Loide *Visitação *Consta no Livro Ata de presença que do início de fevereiro até hoje (05) 30 pessoas compareceram. Em média oito pessoas visitam por dia. *“Normalmente, o Museu das Comunicações é visitado por turistas mineiros, pernambucanos, cariocas e paulistas, locais onde é fortemente percebida a questão das visitações”, disse Loide. *Reinaugaração *Atualmente o prédio do Museu das Comunicações se encontra reformado, obedecendo ao projeto original, ainda com tijolos de adobe, e com suas telhas originais de barro. *O museu teve restauração em agosto de 2004 ainda na administração do Prefeito Leonirto Rodrigues dos Santos (PT) e na época a Presidência da Fundação Cultural da cidade era sob responsabilidade de Firmineto Mendes. *Exposição *A última exposição artística foi em outubro de 2005 e encerrou em julho de 2006 e contabilizou no livro de presença 920 assinaturas. *O Museu abriga peças que fazem parte da história da construção da linha telegráfica, do posto telegráfico, da EFMM [Estrada de Ferro Madeira Mamoré] e artesanatos indígenas. Assim como, fotos, e objetos de Marechal Rondon. *Uma parcela de seus pertences, como roupas, estão expostas no Museu Nacional em Brasília (DF). *Marechal *Cândido Mariano as Silva Rondon, foi um grande sertinista e geógrafo brasileiro, recebeu em 1906 a incumbência do Presidente Afonso Pena, de estender as linhas telegráficas do centro do país até o Amazonas e Acre. Para isso, percorreu 250 léguas de sertões desertos do norte de Mato Grosso e 300 léguas de floresta amazônica, iniciando-se a etapa de desbravamento da imensa área do território nacional e da integração pacífica do indígena na comunidade brasileira. *A Comissão Rondon empenhou-se na pesquisa lingüística, geológica, etnográfica, botânica e zoológica. Em 1910 ajudou a organizar o Serviço de Proteção aos Índios. Em 1914 recebeu o Prêmio Livingstone concedido pela sociedade de Geografia de Nova Iorque após ter levado a expedição Rondon Roosevelt. Rondon ainda recebeu o título de Patrono dos Sertões, e em 1953 foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz.
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