Passada a ola de violência na vitrine da sociedade brasileira, voltamos pelo visto a nossa velha e pesada rotina.
*Temos acompanhado nos telejornais com uma certa insistência em algumas denúncias a respeito da exploração de menores, aqui no Norte principalmente. Só que visto que nesse País a onda de modismo para certos assuntos quase sempre não dá em muita coisa, eu convido a todos a se perguntar: _O que é feito durante tais exibições de matérias?
*Como na maioria das capitais brasileiras na minha pacata e comum cidade a coisa é vista com uma naturalidade que dá sono.
*O nosso governo que também é petista parece-me correr para acordar ainda este semestre com ações que não sei ao certo vão acabar em alguma coisa.
O que vemos por aqui é a completa falta de direcionamento na elaboração de políticas públicas que diminua a criminalidade e impeçam crianças de se prostituir tão cedo.
*Não temos um mercado industrial, não temos um comércio muito produtivo, vivemos do que chamamos de contracheque e os nossos adolescentes não têm senão a alternativa única da prostituição e criminalidade.
*Já que o poder público se fecha em reuniões intermináveis e que na prática resultam em não sei o “quê?” Ao menos os convido para que abram as suas janelas e olhem para baixo, não será preciso procurar muito a quem ajudar.
*Os nossos intelectuais do poder têm em mente que educação é o circo na literal leitura da palavra com a sua arte, sua cultura, suas metáforas, mas falando em realidade os nossos jovens precisam de qualificação, educação, respeito e só assim teremos menos recrutados a exploração do corpo e a marginalidade.
Sugiro que as políticas públicas (que não vejo existir nem em propostas) façam valer o voto dos menos informados que votaram em ideais que há muito se enterraram.
*Sugiro que sejamos menos hipócritas e entendamos que neste país se precisam mais de mecânicos, marceneiros, costureiras, eletricistas, mestre de obras do que de bailarinos, atores e músicos.
*Entendam senhores que não sugiro a completa abstinência da verdadeira arte, mas que ela seja o que sempre foi algo que nos tire do ostracismo da realidade que só será dura se não a encararmos de frente.
* A autora é publicitária, maranhense e está em Porto Velho desde 2002