RESOLUÇÕES: Urbano Norte e Iule Vargas chegam em acordo após caso de constrangimento

Iule estava de muletas quando pediu para sentar no banco do carona. Motorista do aplicativo disse: “cada um com seus problemas, né? Isso é problema seu” e cancelou a corrida

RESOLUÇÕES: Urbano Norte e Iule Vargas chegam em acordo após caso de constrangimento

Foto: Instagram de Iule Vargas e divulgação de Urbano Norte / Colagem Rondoniaovivo

Depois de ser humilhada por uma motorista da Urbano Norte, a vexação de Iule Vargas chegou ao fim nesta quinta (27). Professora do ensino superior e pré-candidata ao cargo de vereadora em Porto Velho (RO) pela coligação REDE/PSOL, a jornalista foi vítima de um constrangimento ao pedir uma corrida pelo aplicativo em novembro de 2023.
 
À época, Iule se recuperava de uma cirurgia do fêmur - que se fez necessária para tratar um câncer -, que impedia que ela dobrasse o joelho. Ela andava com o apoio de muletas e solicitou uma corrida pelo aplicativo da Urbano Norte. Ao explicar sua situação para a motorista - uma mulher que não teve o nome divulgado -, pediu para se sentar no banco do carona. A motorista, antes de cancelar a corrida na cara da professora, disse: “Cada um com seus problemas, né? Isso é problema seu.” 
 
 
Rondoniaovivo registrou a situação depois que Vargas tornou o caso público utilizando as redes sociais. Tanto ela quanto o jornal receberam dezenas de relatos similares ao da jornalista. À época, ela entrou em contato com o suporte da Urbano Norte pelo aplicativo. “Eles falaram que registraram a queixa e que eu não pegaria mais corridas com ele ["o" motorista que cancelou a corrida de Iule era mulher] - ou seja, nem leram a mensagem”, disse Iule para a reportagem.
 
A jornalista então registrou uma ação no Ministério Público do Estado de Rondônia. De acordo com a memória da reunião registrada pelo MP/RO nesta quinta (27), a Urbano Norte afirma que, ainda na época do ocorrido, advertiu a motorista que constrangeu Iule, suspendeu-a de fazer corridas e ofereceu atendimento psicológico para a profissional.
 
 
Depois de sete meses, cessou-se o imbróglio. Pelos danos morais que sofreu, Iule receberá uma indenização extrajudicial paga pela Urbano Norte - que deve cobrir as despesas aproximadas que a jornalista teve se deslocando para sessões de tratamento de saúde durante o período de um mês. A Urbano Norte também prometeu criar um ‘compliance’ (guia de disciplinas e ética empresarial, em tradução livre) na companhia. A empresa tem um prazo de 30 dias para apresentar um plano de ação afimativa, além de elaborar um projeto que reforce uma política positiva para motoristas que atenderem passageiros LGBTQIA+ e com necessidades especiais (como idosos, pessoas com deficiência e outros).
 
Para Rondoniaovivo, Iule expressou alívio e satisfação - e demonstrou empatia com a classe dos motoristas de aplicativo, apesar do ocorrido. “Fiquei muito feliz com a decisão. É importante destacar que isso é uma pauta nacional, em virtude que os motoristas [de aplicativo] não são regidos pela CLT mas por um ‘contrato de regimento interno’. [...] Eles são prejudicados por isso também. Por serem apenas ‘motoristas parceiros’ e não serem regidos pela CLT, eles também perdem direitos. Também lutei para que eles tenham os direitos honrados.”

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