MAPATI: A uva amazônica que pode virar vinho e geleia

Fruta nativa da Amazônia tem sabor doce e alto valor nutricional. Pesquisa explora uso em bebidas, doces e cosméticos

MAPATI: A uva amazônica que pode virar vinho e geleia

Foto: Valdely Kinupp - Acervo Pessoal

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
0 pessoas reagiram a isso.
No coração da floresta amazônica, longe dos olhos do grande público, cresce uma fruta de nome curioso e sabor marcante: o mapati (Pourouma cecropiifolia). Conhecida como a “uva da Amazônia”, a fruta tem polpa roxa, doce, casca fina e alto valor nutricional — mas segue fora das prateleiras do Brasil urbano.
 
O cenário, no entanto, está mudando. Cientistas e produtores começam a apostar na fruta como uma alternativa viável para a produção de vinhos artesanais, cervejas exóticas, chás naturais e até cosméticos sustentáveis.
 
 
Potencial das PANCs da Amazônia
 
Segundo o pesquisador Valdely Kinupp, especialista em Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), o mapati é uma das frutas mais promissoras da região.
 
“Selecionamos essas plantas com potencial para o preparo de bebidas alcoólicas e não alcoólicas, fermentadas, vinhos, cervejas, chás, hidroméis, eventualmente geleias ou outros produtos. E, assim, fazer a caracterização química de espécies das PANC da Amazônia”, explica Kinupp.
 
A pesquisa integra um esforço maior para valorizar a biodiversidade brasileira e revelar sabores pouco explorados pela indústria alimentícia nacional.
 
 
Do mato para o mercado
 
Apesar de ser amplamente consumido por comunidades amazônicas, o mapati ainda é desconhecido da maioria dos brasileiros. Seu cultivo, até hoje, é quase todo extrativista. Mas com a crescente busca por ingredientes nativos e funcionais, essa realidade pode mudar.
 
O fruto já apresenta atributos ideais para a indústria:
  • Doçura natural
  • Alta concentração de antioxidantes
  • Textura e aroma agradáveis
  • Potencial fermentativo
Além disso, é uma planta adaptada ao clima e ao solo da região, o que reduz custos agrícolas e minimiza impacto ambiental.
 
 
Benefícios econômicos e ecológicos
 
A valorização do mapati vai além da gastronomia. Ou seja, promover o uso do mapati é também fomentar o desenvolvimento sustentável — gerando renda para comunidades locaisprotegendo a floresta e diversificando a dieta do brasileiro.
 
 
Próximos passos
 
Os estudos seguem com foco na caracterização química e nas possibilidades de aplicação do fruto. A expectativa é que, em breve, produtos à base de mapati comecem a ganhar espaço em feiras, empórios e mercados especializados.
 
E quem sabe, num futuro próximo, você não estará saboreando uma taça de vinho amazônico, uma cerveja de frutas nativas ou um chá funcional de mapati?
Direito ao esquecimento

Os comentários são responsabilidades de seus autores via perfil do Facebook. Não reflete necessariamente a opinião do Rondoniaovivo.com
Como você vai comemorar as festas de fim de ano?
Quantos livros você leu em 2025?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS