STJ: PF prende lobista que atuava em suposto esquema de venda de decisões judiciais

Esse já está sendo considerado um dos maiores escandâlos do Judiciário e as investigações começaram a partir do assassinato de um advogado em Cuiabá

STJ: PF prende lobista que atuava em suposto esquema de venda de decisões judiciais

Foto: Reprodução

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Em uma operação que revela as entranhas de um esquema de corrupção no Judiciário brasileiro, a Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (26) o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves e realizou buscas contra assessores de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
 
A operação marca mais um capítulo na investigação de um extenso esquema de venda de decisões judiciais que já havia atingido o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
 
Principais pontos
 
A PF cumpriu 23 mandados de busca e apreensão e uma prisão preventiva
 
A esposa do lobista, Miriam Ribeiro Gonçalves, foi obrigada a usar tornozeleira eletrônica
 
Investigação teve origem após assassinato do advogado Roberto Zampieri em Cuiabá
 
Esquema envolvia venda de decisões e tráfico de influência em diversos tribunais
 
Cronologia do caso
 
2023
 
Dezembro:
 
Assassinato do advogado Roberto Zampieri em Cuiabá
 
Apreensão do celular da vítima revela conversas sobre venda de decisões judiciais
 
2024
 
Outubro:
 
Operação da PF contra o TJ-MS afasta cinco desembargadores
 
UOL revela patrimônio milionário do lobista, incluindo aviões, mansão e resort
 
Novembro:
 
Dia 15: Revelação de diálogos sugerindo venda de influência sobre o ministro Kassio Nunes Marques do STF
 
Dia 26: PF prende Andreson e realiza buscas contra assessores do STJ
 
Detalhamento das investigações
 
De acordo com informações complementares obtidas em outros veículos de comunicação, o esquema operava de forma sofisticada. O G1 informou que a operação, batizada de "Tempus Veritatis", identificou que o grupo criminoso atuava através de uma rede de intermediários que prometiam acesso privilegiado a decisões judiciais.
 
O Estadão revelou que os investigadores encontraram evidências de pagamentos que chegavam a R$ 500 mil por decisão favorável. As transações eram mascaradas através de contratos de consultoria jurídica fictícios.
 
Segundo a Folha de S.Paulo, o lobista mantinha uma rotina de luxo em Brasília, frequentando restaurantes caros e eventos sociais, onde construía sua rede de contatos. O jornal também reportou que ele utilizava empresas de fachada para movimentar os valores recebidos pelo esquema.
 
Modus Operandi
 
O esquema funcionava da seguinte forma:
 
Andreson, mesmo sem registro na OAB, apresentava-se como advogado em Brasília
 
Sua esposa, Miriam, atuava formalmente nos processos
 
O lobista compartilhava minutas antecipadas de decisões do STJ
 
Valores eram cobrados para "influenciar" decisões judiciais
 
O grupo utilizava uma rede de assessores e funcionários dentro dos tribunais
 
Repercussão
 
O caso ganhou ampla repercussão nacional, especialmente por envolver uma das mais altas cortes do país. O presidente do STJ convocou uma reunião extraordinária para discutir as medidas administrativas a serem tomadas, segundo O Globo.
 
Posicionamentos
 
Defesa de Andreson: Informou que está acompanhando o cumprimento da operação e ainda não se manifestou sobre o mérito
 
STJ: Ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso
 
Polícia Federal: Afirmou que as investigações continuam para identificar todos os envolvidos no esquema
 
O caso representa um dos maiores escândalos envolvendo o Poder Judiciário nos últimos anos e expõe a vulnerabilidade dos tribunais superiores a esquemas de corrupção. A investigação segue em andamento e novos desdobramentos são esperados nos próximos dias.
Direito ao esquecimento

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