Ministro Alexandre de Moraes (STF) disse que “não são um fato isolado”
Foto: ED ALVES/CB
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Logo após o atentado à bomba que resultou na morte do autor, a Polícia Federal (PF) iniciou as investigações para apurar o ocorrido na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (13/11). Outros artefatos foram detonados na capital federal na mesma noite. O caso será investigado como atos terroristas de cunho político e tem ligação com os atos terroristas de 8 de janeiro de 2023.
O ato foi praticado pelo catarinense Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, que disputou vaga para vereador na sua cidade Rio do Sul (SC), filiado ao PL, mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Wanderley morreu na hora após detonar uma bomba sobre si próprio, na frente da sede do Supremo Tribunal Federal (STF). A ex-mulher do autor dos atos terroristas disse que ele pretendia entrar no STF e atingir o ministro Alexandre de Moraes.
A PF nas investigações
Pela manhã desta quinta-feira (14), o diretor geral da PF Andrei Rodrigues afirmou que o local das explosões passou por uma varredura em busca de novos artefatos e colhendo material utilizado. Sobre a condução das investigações, o diretor informou que "o que justifica o inquérito para apurar ataque terrorista é justamente o cunho político desse ato".
A Polícia Militar do Distrito Federal também atua no caso e recolheu material de potencial explosivo na casa alugada pelo terrorista em Ceilândia (DF), cidade satélite localizada no entorno de Brasília. Para entrar na casa e recolher o material, a PM utilizou robô para a segurança da tropa.
Ministro do STF quer assumir a investigação
O ministro Alexandre de Moraes defendeu na manhã desta quinta-feira (14), que a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) assumam a investigação que no momento está com a Polícia Civil do DF. Para ele, houve novo atentado contra o estado democrático de direito já que o alvo foi um dos Poderes da República.
Em evento no Ministério Público Federal, o ministro Alexandre de Moraes disse que os atos terroristas da noite de quarta-feira, dia 13, "não são um fato isolado" e que são resultado do discurso de ódio instaurado no país nos últimos anos. O ministro também disse que não podem ignorar o que destacou que o “Ministério Público é uma instituição muito importante, vem fazendo um trabalho muito importante no combate a esse extremismo que lamentavelmente nasceu e cresceu no Brasil em tempos atuais. Nós precisamos continuar combatendo isso", afirmou.
Moraes também apontou que o contexto desse caso “iniciou lá atrás, quando o famoso gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o Supremo Tribunal Federal, principalmente. Contra a autonomia do Judiciário, contra os ministros do Supremo e as famílias de cada ministro", afirmou.
Para o ministro, "isso foi se avolumando sob o manto de uma criminosa utilização da liberdade de expressão. Ofender, ameaçar, coagir, em nenhum lugar do mundo isso é liberdade de expressão. Isso é crime", seguiu.
"Isso foi se agigantando e resultou, a partir da tentativa de descrédito das instituições, no 8 de janeiro. E o 8 de janeiro, o que ocorreu, o que vem sendo investigado e denunciado [...] O STF já condenou mais de 250 pessoas pelos crimes mais graves", citou Moraes.
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