Segundo o instituto, o aumento da desocupação foi puxado pelos setores de construção, administração pública e serviços domésticos
Foto: Divulgação
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Após dois trimestres consecutivos de queda, o desemprego voltou a subir no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a taxa de desocupação chegou a 11,6% no trimestre móvel encerrado em fevereiro. Isso significa que, quando a crise do coronavírus se abateu sobre a economia brasileira, já havia 12,3 milhões de desempregados no país.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, que foi divulgada nesta terça-feira (31/3), e leva em conta o número de pessoas que procuraram emprego nos últimos 30 dias, a massa de trabalhadores que estão desempregados subiu 4% entre dezembro de 2019 e fevereiro deste ano, em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior (setembro a novembro de 2019). Naquele trimestre, eram 11,9 milhões de pessoas estavam na fila do desemprego. Isto é, 400 mil a menos.
E esse aumento do desemprego não foi puxado pelo setor do comércio, que no início do ano normalmente dispensa os trabalhadores temporários que são contratados durante as festas de fim de ano. Segundo o IBGE, a taxa reflete o aumento da desocupação nos setores de construção (-4,4%), administração pública (-2,3%) e serviços domésticos (-2,4%).
“A construção não sustentou o movimento de recuperação que ela vinha apresentando no fim do ano passado. Já a administração pública tem uma sazonalidade, pois ela dispensa pessoas no fim e no início do ano em função de términos nos contratos temporários das prefeituras, nas áreas de educação e saúde, retomando as contratações a partir de março, após a aprovação dos orçamentos municipais. O serviço doméstico está muito ligado ao período de férias das famílias, as dispensas das diaristas, já que muitas famílias viajam, interrompendo a demanda por esse serviço”, avaliou a a analista da Pnad no IBGE, Adriana Beringuy.
Informalidade
Já a taxa de informalidade caiu de 41,1% no trimestre de setembro a novembro de 2019 para 40,6% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano. Ainda assim, 38 milhões de trabalhadores continuam trabalhando como informais no Brasil.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!