Para ajudar crianças da Vila Planalto, Cláudia de Marchi abaterá o valor dos atendimentos para clientes que doarem alimentos não perecíveis
Foto: Divulgação
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Cláudia de Marchi, 37 anos, é advogada de formação, escritora e acompanhante de luxo. Ela não demonstra pudor em dizer que “nunca mais quer fazer sexo de graça”, mas afirma ter se sentido incomodada com a fala do presidente Jair Bolsonaro, na última sexta-feira (19/07/2019), sobre “a fome no Brasil ser uma grande mentira”. “Quem nega a existência disso, nega algo que qualquer pessoa sensata consegue constatar”, critica. Assim, como forma de protesto, ela decidiu usar seu ganha-pão para ajudar creches na cidade onde vai morar a partir do próximo mês, a Vila Planalto.
Uma hora do tempo de Cláudia custa R$ 850. Ela concederá R$ 100 de desconto para clientes que levarem três quilos de alimentos não perecíveis, e mais R$ 150 para quem pagar por uma hora adicional e doar, ao todo, seis quilos. Ao fim de cada mês, entregará o resultado das doações a uma creche e se colocará à disposição da instituição.
“Quero incomodar, além de ajudar”, admitiu ao Metrópoles, reafirmando ser uma feminista militante e defensora das liberdades individuais. “Toda a minha família é de professoras. Minhas tias davam aulas em escolas públicas e eu as ouvi contando a dificuldade na questão da alimentação. Isso em cidades ricas. Imagina em um lugar em pior situação!”, indigna-se.
A ideia de Cláudia é, no futuro, oferecer consultoria jurídica gratuita para mulheres vítimas de assédio e violência doméstica. Sua intenção é também se engajar em projetos sociais na Região Metropolitana do Distrito Federal, onde ainda tem dificuldade de visitar pelo fato de não dirigir.
Programas
A advogada conta que deixou os tribunais e audiências para se dedicar aos programas de luxo em 2016. Natural de Passo Fundo (RS), ela ainda foi professora em Sorriso (MT), em 2013, antes de vir a Brasília. Em sua página oficial, ela deixa bem claro que não aceita desaforos.
Para evitar se tornar um “muro das lamentações de homens malresolvidos”, Cláudia estipulou um preço bem mais alto, R$ 1,5 mil, para quem não quiser sexo com ela, apenas conversa fiada. “Eu gosto de transar, não de ficar ouvindo choro. Geralmente, a pessoa quer compartilhar, mas não quer me ouvir. Então, como acho o cúmulo da despersonalização, eu cobro a mais”, explica, bem-humorada.
Sua transição de carreira e as novas experiências a inspiraram a escrever dois livros: De Encontros Sexuais a Crônicas: O Diário de Uma Advogada e Acompanhante de Luxo Feminista; e o outro, Contra a Maré: Minha Vida em Crônicas e Crônicas da Vida. Além disso, ela também oferece consultoria para mulheres que precisam “se conhecer melhor e empoderar-se”.
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