Eleições na Venezuela são adiadas para segunda quinzena de maio

Presidente do Conselho Nacional Eleitoral disse que, com o acordo, se ratifica que sejam eleitos líderes com ‘as mais amplas garantias constitucionais e democráticas’

Eleições na Venezuela são adiadas para segunda quinzena de maio

Foto: internacional.estadao

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Foi proposto que sejam realizadas de maneira simultânea as eleições para presidente e as regionais na segunda quinzena do mês de maio de 2018", segundo um acordo entre o governo e opositor Henri Falcón, aceito pelo CNE.

 

A presidente do Conselho - acusado pela oposição de servir ao governo -, Tibisay Lucena, garantiu que “com este acordo se ratifica que na Venezuela sejam eleitos nossos líderes e representantes com as mais amplas garantias constitucionais e democráticas”. 

 

Tibisay confirmou que o prazo para inscrição de candidaturas foi encerrado nesta quinta-feira, o que sugere que os comícios serão realizados com os seis candidatos inscritos, incluindo o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

 

Falcón, um militar de 56 anos, inscreveu sua candidatura na terça-feira, contrariando a decisão da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) - da qual faz parte - de boicotar os comícios nos quais Maduro buscará um segundo mandato, até 2025. O grupo pediu que Falcón retirasse sua candidatura, acusando-o de fazer o "jogo" de Maduro em sua "aspiração totalitária".

 

Segundo o acordo, será pedido ao secretário-geral da ONU, António Guterres, uma delegação de observação eleitoral "ampla e qualificada para todas as fases do processo", assim como de outras organizações internacionais.

 

As partes concordaram também com a realização de auditorias, ampliação do prazo do registro eleitoral para os venezuelanos que vivem em outros países, e "igualdade no acesso aos meios públicos e privados e redes sociais no desenvolvimento da campanha eleitoral".

 

"Estamos em um ato de ratificação do espírito democrático (...) firmada com a oposição venezuelana que decidiu participar como corresponde em uma democracia. Não há alternativa, a única opção é o voto", afirmou o chefe da campanha de Maduro, Jorge Rodríguez, em um ato na sede do poder eleitoral. / AFP.

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