Após ataque, Trump quer fim da ‘loteria do Green Card’

Trump disse que "certamente considera" mandar o terrorista para Guantánamo.

Da Redação

01 de Novembro de 2017 às 14:46

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Após ataque, Trump quer fim da ‘loteria do Green Card’

Foto: Divulgação

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Em declarações dadas nesta quarta-feira, 1, o presidente dos EUA, Donald Trump, chamou o autor do atentado que matou oito pessoas em Manhattan, Nova York, de "animal" e disse que pedirá que o Congresso trabalhe "imediatamente" para acabar com o "Programa de Loteria da Diversidade", afirmando que o motorista da caminhonete que atropelou as vítimas entrou nos EUA por meio deste sistema.

Trump disse ainda que "certamente considera" mandar Sayfullo Habibullaevic Saipov, do Uzbequistão, para Guantánamo, alvo de denúncias de violações de direitos humanos e a qual Barack Obama tentou fechar, sem sucesso.

O Departamento de Segurança Interna confirmou que o homem de origem uzbeque, que matou oito pessoas na terça-feira à tarde ao atropelar ciclistas e transeuntes com uma caminhonete em Manhattan, recebeu o visto de residência permanente por meio deste programa.

O sistema de loteria oferece uma chance aleatória a 50 mil candidatos por ano para viver nos Estados Unidos. O sistema favorece países com uma taxa de imigração relativamente baixa no país nos últimos cinco anos. Metade desses vistos é atribuída à África.

"Loteria para a diversidade... Soa bonito, mas não é bonito, não é bom, não foi bom e fomos contra", acrescentou o presidente.

"Hoje nós lamentamos o terrível ataque terrorista em Nova York, a poucos quarteirões do local do World Trade Center", disse Trump durante reunião de seu gabinete na Casa Branca. "Estou hoje iniciando o processo para terminar o programa de loteria de diversidade. Vou pedir ao Congresso para iniciar imediatamente os trabalhos para acabar com esse programa", disse.

"Queremos nos livrar desta cadeia imigratória. Este homem que veio, ou seja como você quer chamá-lo, trouxe com ele outras pessoas. E ele era o ponto de contato, o principal ponto de contato, e isto é preliminar, pois outras 23 pessoas entraram ou potencialmente vieram com ele. E isso não é aceitável", disse Trump, em referência aos familiares do suspeito.

Questionado pelos repórteres sobre se ele acreditava que qualquer integrante da família do suspeito do ataque representa uma ameaça para os EUA, Trump respondeu: "Eles certamente poderiam".

"Temos que endurecer e ser muito mais inteligentes. E precisamos ser muito menos politicamente corretos. Somos tão politicamente corretos que temos medo de fazer qualquer coisa", disse Trump.

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