Justiça torna réus 16 suspeitos por desvios nos fundos Petrobras e Postalis

Dos títulos emitidos pelo Grupo, 81 milhões de reais foram adquiridos pelo Postalis e 23 milhões de reais pela Petros.

Justiça torna réus 16 suspeitos por desvios nos fundos Petrobras e Postalis

Foto: Divulgação

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A Justiça Federal do Rio de Janeiro acolheu nesta segunda-feira a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra dezesseis pessoas por desvios de 90 milhões de reais dos fundos de pensão da Petros (Petrobras) e do Postalis (Correios). Os valores foram desviados a partir da emissão de título do grupo Galileo e deveriam ter sido usados na recuperação da Universidade Gama Filho. O esquema foi investigado na Operação Recomeço, deflagrada pela Polícia Federal no mês passado e que apurou os crimes de gestão fraudulenta, desvio de recursos de instituição financeira, associação criminosa e negociação de títulos sem garantia suficiente.

Tornaram-se réus os empresários Márcio André Mendes Costa, Ricardo Andrade Magro, Roberto Roland Rodrigues da Silva Junior, Carlos Alberto Peregrino da Silva, Paulo Cesar Prado Ferreira da Gama, Luiz Alfredo da Gama Botafogo Muniz, Ronald Guimarães Levinsohn, Alexej Predtechensky, Adilson Florêncio da Costa, Ricardo Oliveira Azevedo, José Carlos Rodrigues Sousa, Mônica Christina Caldeira Nunes, Carlos Fernando Costa, Luiz Carlos Fernandes Afonso, Newton Carneiro da Cunha e Maurício França Rubem.

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De acordo com a denúncia, o esquema era liderado pelo proprietário do Grupo Galileo Márcio André Costa, que se associou a Ricardo Magro para criar a empresa Galileo SPE, sociedade que tinha o objetivo de captar recursos no mercado para adquirir a Universade Gama Filho. No início de 2011, quando tinha pouco mais de seis meses, a Galileo SPE começou a venda de 100 milhões de reais em títulos. A garantia eram as mensalidades a receber dos 2.000 alunos de medicina da Gama Filho. Dos títulos emitidos pelo Grupo, 81 milhões de reais foram adquiridos pelo Postalis e 23 milhões de reais pela Petros.

Segundo os procuradores Márcio Barra Lima e Paulo Gomes, Márcio André Cota e Ricardo Magro sabiam que a situação financeira da universidade estava comprometida, mas para eles "pouco importava". "Apenas se valeram da figura jurídica que reputavam adequada para lançar as debêntures no mercado, captar e depois desviar criminosamente os recursos dos fundos de pensão", escreveram na denúncia.

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