Inflação oficial tem a maior taxa para o mês de março em 20 anos
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de março apresentou variação de 1,32%, ficando 0,10 ponto percentual acima da taxa de fevereiro (1,22%). De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), essa é a maior taxa para o mês de março dos últimos 20 anos — em 1995, a variação foi de 1,55%.
O acumulado no ano de 2015 ficou em 3,83%, a maior taxa para um primeiro trimestre desde 2003, quando a alta foi de 5,13%. Nos últimos 12 meses, o índice foi para 8,13%, o mais elevado desde dezembro de 2003 (9,30%). Em março de 2014, o IPCA ficou em 0,92%.
Mais da metade do índice de março ficou na conta da energia elétrica, cujo aumento médio de 22,08% gerou 0,71 ponto percentual (p.p.) de impacto, o mais expressivo do mês, que representou 53,79% do IPCA.
Com a entrada em vigor, a partir de 2 de março, da revisão das tarifas aprovada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) ocorreram aumentos extras, fora do reajuste anual, para cobrir custos das concessionárias com a compra de energia. Na mesma data, houve reajuste de 83,33% sobre o valor da bandeira tarifária vigente, a vermelha, passando de R$ 3,00 para R$ 5,50.
No Rio de Janeiro, a variação da energia refletiu, também, no reajuste anual de 34,91% em uma das concessionárias, que entrou em vigor em 15 de março. À exceção de Recife, que apresentou variação de 0,65% em razão de redução de impostos, as demais regiões pesquisadas tiveram aumentos significativos na energia.
Com os aumentos ocorridos, o consumidor está pagando neste ano, em média, 36,34% a mais pelo uso da energia, enquanto nos últimos 12 meses as contas já estão 60,42% mais caras. A tabela a seguir apresenta as variações na energia elétrica, no ano e em 12 meses, por região pesquisada.
Assim, os gastos com habitação, grupo em que se encontra o item energia, registraram o maior resultado de grupo, 5,29%. Nele sobressai, ainda, o aumento de 1,25% no item mão de obra para pequenos reparos e de 0,96% no condomínio.
Outros grupos
As despesas com alimentação e bebidas subiram 1,17% e exerceram impacto de 0,29 p.p. Juntos, o grupo dos alimentos e o da habitação exerceram impacto de 1,08 p.p., representando 81,82% do IPCA do mês.
Nos alimentos, que ficaram 3,50% mais caros neste ano e 8,19% nos últimos 12 meses, foram registrados aumentos expressivos em alguns itens, especialmente na cebola (15,10%) e nos ovos (12,75%).
Dentre os demais grupos, cabe destacar a alta da gasolina, do grupo dos transportes (0,46%), cujos preços se elevaram em 1,26%, ainda refletindo uma parte do aumento nas alíquotas do PIS/Cofins que entrou em vigor em primeiro de fevereiro.
Com isto, o litro do combustível totaliza 9,80% de aumento médio neste ano, atingindo 13,36% na região metropolitana de Salvador. Considerando os últimos 12 meses, a alta foi de 11,49%, chegando a 17,05% na região de Fortaleza.
Ainda nos transportes, sobressai a alta de 0,85% no item ônibus urbano, reflexo de variações apropriadas em Goiânia (10%), onde o reajuste de 17,85% no valor das tarifas está em vigor desde o dia 16 de fevereiro; Porto Alegre (7,97%), onde o reajuste foi de 10,85% a partir de 22 de fevereiro, e Curitiba (3,40%), onde o reajuste de 15,78% vigora desde o dia 6 de fevereiro.
Neste ano, as tarifas de ônibus urbanos estão, em média, 11,91% mais caras, e ainda não foram reajustadas em quatro das 13 regiões pesquisadas. Considerando os últimos 12 meses, a média é de 14,05%, com duas regiões sem reajuste.
Também no grupo dos transportes, os seguintes itens exerceram pressão: seguro voluntário de veículo (3,05%); acessórios e peças (1,50%), automóvel usado (1,28%) e conserto de automóvel (1,15%).
Cabe registrar, ainda, a alta de 1,36% no item higiene pessoal, do grupo saúde e cuidados pessoais (0,69%).
Do lado das quedas, os destaques ficaram com os itens passagens aéreas (-15,45%) e telefone fixo (-4,13%). Neste, a queda se deve à redução média de 22,00% nas tarifas de telefonia fixa para móvel, vigente a partir de 24 de fevereiro.
Quanto aos índices regionais, o maior foi o de Porto Alegre (1,81%). A pressão veio da energia elétrica (27,21%) e ônibus urbano (7,97%). A energia elétrica refletiu o reajuste extraordinário médio de 26,31% em vigor desde o dia 2 de março. Quanto ao item ônibus urbano, houve reajuste de 10,85% a partir de 22 de fevereiro. Os menores índices foram os de Recife (0,56%) e Belém (0,58%).
Em Recife, o item energia elétrica (0,65%) apresentou o menor resultado em relação às demais regiões, em função do mais baixo reajuste extraordinário (1,45%) e da queda das alíquotas de PIS/Cofins. Em Belém, os alimentos consumidos em casa ficaram em 0,17%, bem abaixo da média nacional (1,17%). A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do País, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de fevereiro a 27 de março de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de janeiro a 27 de fevereiro de 2015 (base).
INPC variou 1,51% em março
O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) apresentou variação de 1,51% em março, 0,35 p.p. acima do resultado de fevereiro (1,16%). No primeiro trimestre do ano, o índice situa-se em 4,21%, acima do percentual de 2,10% registrado em igual período de 2014. Considerando os últimos 12 meses, a taxa foi para 8,42%, bem acima dos 7,68% dos 12 meses anteriores. Em março de 2014, o INPC foi de 0,82%.
Os produtos alimentícios se apresentaram com 1,21% em março, enquanto em fevereiro a taxa foi de 0,86%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 1,64% em março, acima da taxa de 1,29% de fevereiro.
Dentre os índices regionais, o maior ficou com a região metropolitana de Curitiba (2,30%), em virtude da alta de 33,06% nas tarifas de energia elétrica, que com peso de 4,49% gerou impacto de 1,49 ponto percentual no índice da área.
Os alimentos (1,76%) também pressionaram o resultado. O menor índice foi o de Belém (0,55%), onde os alimentos se apresentaram com 0,55% de variação, bem abaixo da média nacional (1,21%). A tabela abaixo contém os índices por região pesquisada.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do País, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de fevereiro a 27 de março de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de janeiro a 27 de fevereiro de 2015 (base).
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!