Secretário manda PM investigar vídeo que mostra baleados em perseguição sendo zombados - VÍDEO
Foto: Divulgação
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O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira, determinou que a PM apure as circunstâncias de uma perseguição que terminou com três baleados na zona leste da capital e investigue a responsabilidade pela postagem de um vídeo na internet que mostra os feridos sendo xingados (confira o vídeo abaixo).
O caso ocorreu no último dia 8, às 9h30, na rua Gendiroba, travessa da avenida Marechal Tito, Vila Curuçá.
Um dos baleados, ainda não identificado, morreu no hospital. Outros dois — Renato Santos, de 25 anos, e Marcos Aurélio Alves, de 37 — estão internados.
O vídeo foi publicado em uma página extraoficial da PM, intitulada "Polícia do Estado de São Paulo". Apenas os rostos dos baleados são filmados. É possível ver também a perna de uma pessoa que se aproxima (aparentemente, a pessoa que segura a câmera). Ela veste bota preta e calça cinza — igual ao uniforme da PM.
— Vai ficar famoso, ladrão, morrendo aqui! — afirma alguém que não aparece no vídeo.
Um dos baleados sussurra que trabalha e tem dois filhos. Em seguida, ouve-se outra frase dita por uma pessoa que não está enquadrada:
— Vai demorar aí, c..., para morrer?
Após grande repercussão na internet, o vídeo foi tirado do ar na tarde de terça feira (15).
PM assume tiros
A ocorrência foi apresentada no 22º DP (São Miguel Paulista). De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, apenas um dos policiais, do 48º Batalhão, assumiu ter atirado. O soldado seria, segundo a versão dos PMs, o único responsável por acertar os três suspeitos após a perseguição. O nome do atirador não foi divulgado.
O protocolo da PM determina que o policial que está em iminente risco de vida deva dar, inicialmente, apenas dois tiros seguidos. O policial alegou ter disparado depois que viu um dos suspeitos apontar um revólver em sua direção. Ele afirmou que ainda tentou pedir que o suspueito abaixasse a arma, mas foi desobedecido.
Um revólver, com cinco munições, foi, segundo relato dos PMs, encontrado com os baleados. Os policiais afirmam ainda que, durante a perseguição, o trio lançou outras três armas pela janela do carro. Uma pistola calibre 22, que teria sido encontrada na avenida Água Vermelha, também foi apresentada como sendo dos feridos. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, os baleados foram socorridos pelo Samu.
Desde o ano passado, PMs são proibidos de resgatar feridos em casos de confronto sem a autorização do Centro de Operações da Polícia Militar.
Polícia emite nota
Antes de o secretário determinar que o caso fosse investigado, a Polícia Militar já havia emitido uma nota oficial.
O texto afirmava que a responsabilidade pela postagem do vídeo seria investigada, mas não fazia menção a uma apuração a respeito das circunstâncias da perseguição.
Confira a íntegra:
"A Polícia Militar esclarece que o perfil "Polícia do Estado de São Paulo", na rede social Facebook, não é um dos perfis oficiais da Instituição, apresentando uma série de conteúdos impróprios. Por esse motivo, já está em curso uma investigação sobre o perfil, seu conteúdo e administradores.
Quanto ao caso apresentado, a Corregedoria PM está investigando se houve participação de policiais militares na captação e divulgação das imagens, fato que, se confirmado, poderá resultar punição ao(s) responsável(is).
É importante ressaltar que todo policial militar, assim como qualquer cidadão, pode postar aquilo que bem entender nas redes sociais, podendo, contudo, ser responsabilizado no campo civil, criminal e administrativo em caso de postagens que ofendam pessoas, instituições, que sejam contrárias à lei ou atentatórias à dignidade humana.
A Polícia Militar e suas unidades subordinadas possuem perfis oficiais, que servem como canais de comunicação da Instituição. Seus administradores recebem orientações constantes, sendo as páginas devidamente monitoradas".
Assista ao vídeo:
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