Drogas e preservativos são encontrados em prédio onde aluna da USP morreu

Drogas e preservativos são encontrados em prédio onde aluna da USP morreu

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Foto: Divulgação

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Bruna Barboza Lino, de 19 anos, morreu depois de cair no fosso do elevador de uma construção no Campus da USP (Universidade de São Paulo), na zona oeste da capital paulista. O prédio onde aconteceu o acidente fica ao lado do Paço das Artes que está abandonado há anos, mas, mesmo assim é bastante frequentado, principalmente pelos alunos.

No prédio, foram encontrados preservativos, garrafas de cerveja, pino de cocaína e até restos de um churrasco improvisado. Guardas do campus afirmam que o prédio é constantemente usado para festas de universitários à noite. O portão do edifício, segundo testemunhas, fica aberto todos os dias. Depois do acidente, os seguranças colocaram um cadeado.

 Os dois amigos que estudavam letras com a vítima e morava no mesmo apartamento no Jaguaré, na zona oeste, afirmam que não havia nenhum tapume no prédio e que a entrada no local era livre. Um deles sofreu arranhões ao tentar resgatar a estudante do fundo do fosso e está em estado de choque, de acordo com familiares.

A guarda universitária foi chamada por volta das 4h40 do último domingo (15). A universitária estava com outras sete pessoas neste prédio abandonado que fica dentro do campus da USP quando morreu. Segundo testemunhas que estavam com a vítima, o grupo havia saído de uma festa quando resolveu ir até o anexo em construção do Paço das Artes para esperar o tempo passar.

Em determinado momento, Bruna disse que iria ao banheiro. Na sequência, os amigos ouviram um grito e foram ver o que havia acontecido. As testemunhas disseram que viram que a jovem havia caído no fosso do elevador. No andar, havia uma fita de contenção. O corpo de Bruna foi reconhecido pela irmã da estudante Barbara Barboza Lino, de 24 anos.

— Nós desconfiamos que ela não tenha visto o fosso na escuridão.

A jovem caiu de uma altura de cerca de 10 metros — o equivalente a três andares. Bruno, uma amigo da vítima, foi o primeiro a socorrer a universitária.

— Eu estava no último [andar], eu desci a peguei no poço, tentei reanimar, corri, chamei a guarda universitária.

O estudante disse ainda que o grupo havia acabado de sair de um bar e esperava um ônibus quando decidiu entrar no prédio.

Em nota, A USP disse que lamenta a morte da estudante e afirma que o prédio onde aconteceu o acidente, mesmo estando dentro da universidade, pertence ao Instituto Butantã. O Instituto, por sua vez, disse que está à disposição para ajudar nas investigações. Segundo o órgão, a obra está cercada por grades, muros e outros materiais, o que impediria a entrada de pessoas.

A família é de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e soube do acidente pelos amigos. Bruna cursava o primeiro ano de letras, como conta a irmã dela, Bárbara.

— Pensa: uma menina que veio da escola pública, passar na melhor faculdade do Estado de São Paulo. E ela realmente gostava do que ela estava fazendo. A cada dia, ela gostava mais, uma menina que tinha tudo pela frente.

Bruna era uma das filhas do meio entre seis irmãos. Seu pai é aposentado e tem 86 anos. Além de estudar, a jovem trabalhava como atendente em uma editora. Ela planejava optar pela ênfase em Francês.

A polícia apura se foram tomadas todas as medidas para evitar acidentes e isolar o fosso. Também será analisado se o grupo invadiu o prédio. Festas no câmpus têm de ser autorizadas pela reitoria. O caso foi registrado como morte suspeita e será investigado pelo 93.º DP (Jaguaré).

O corpo da universitária foi enterrado na manhã desta segunda-feira (16), no Cemitério Vila Pauliceia, em São Bernardo do Campo, cidade onde mora a família da estudante.

 

 

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