Zootecnista diz que confinamento agrega valor à produção agrícola
Foto: folhadosulonline
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A engorda de gado em confinamento tem atraído cada vez mais pecuaristas na região de Cerejeiras. Os investimentos nesta modalidade de produção animal têm aumentado também em outras cidades do interior do Cone Sul.
O pecuarista Walter Conti, de Cerejeiras, é um dos que decidiram investir em confinamento. “A lucratividade em confinamento já está comprovada, mas estou agora verificando a escala, ou seja, a partir de quantos bois confinados o modelo passa a ser lucrativo”, disse o pecuarista cerejeirense, que está engordando cerca de 130 cabeças confinadas.
Ao FOLHA DO SUL ONLINE, o zootecnista e gerente da cooperativa produtiva Copama em Cerejeiras, Cláudio Silvério, afirma que o modelo alternativo de produção animal é bom para a região. “O confinamento é quando o pecuarista trata o animal apenas com ração e silagem, ou seja, o regime alimentar do gado completo é feito no cocho. E essa alimentação é feita com ração, geralmente de milho, soja e suplementos, e silagem de capim, grama ou cana”, explicou. “Estes modelos de produção ajudam no desenvolvimento da região porque aproveitam o milho e a soja, que são usados na ração. Ambos os grãos são produzidos aqui, mas até o momento vendidos para fora. É uma forma de agregar valor aos grãos produzidos na região”, explica.
Para o zootecnista da Copama, os confinamentos são formas de acelerar a produtividade animal e aumentar os ganhos do pecuarista. “Estes modelos têm o objetivo de otimizar a produção animal. Com o trato no cocho, o gado está pronto para o abate mais cedo e não tem quedas no peso, como ocorre no boi a pasto no tempo das estiagens”, diz.
Não se sabe, ao certo, a quantidade de confinamentos na região de Cerejeiras. Mas o número aumentou, especialmente nesta época de menos chuvas, que vai de maio a setembro.
Para o presidente do Sindicato Rural de Cerejeiras, Jair Roberto Gollo, os confinamentos são uma alternativa que deve ser incentivada. “Essas iniciativas agregam valor ao grão e ao gado. É uma forma de acelerar o desenvolvimento da nossa região”, disse.
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