Cultura de abacaxi cresce em Rondônia e fortalece a agricultura familiar

O número calculado no ano passado ultrapassa a marca de 2016, de 2.026 milhões de abacaxis produzidos.

Cultura de abacaxi cresce em Rondônia e fortalece a agricultura familiar

Com a indução floral os produtores aceleram o processo de produção / Foto: Secom

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

Em crescente produção em Rondônia, a cultura do abacaxi tem superado expectativas da agricultura familiar, principalmente na região de Porto Velho. Segundo o secretário adjunto estadual de Agricultura (Seagri), José Paulo Gonçalves, em 2017 a produção alcançou 2.277 milhões de frutos, abastecendo o comércio do próprio estado, tomando uma área plantada de 119 hectares.

 

O número calculado no ano passado ultrapassa a marca de 2016, de 2.026 milhões de abacaxis produzidos. As áreas de maior produção, além da capital, são as de Cujubim, Itapuã gerando um preço médio de venda para o produtor de R$ 2,03 em todo o estado, e Guajará-Mirim é a cidade que melhor paga ao produtor, comprando a fruta por R$ 2,30, direto do produtor. Já o município de Cacoal, é o que menos paga, sendo o valor pago ao produtor de R$ 1,50.

 

Na Linha Progresso, área rural localizada no final da Zona Leste da capital, o nome parece ter surtido efeito para os produtores que aderiram à cultura do abacaxi. Somente na localidade, e em apenas duas propriedades, há 160 mil pés da fruta plantados. Com o apoio e orientação da extensionista rural, Solange Dantas, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) os produtores locais são direcionados com projetos de financiamento rural que dão abertura de crédito para a expansão e escoamento da produção.

 

O produtor Vilmar de Mello, há seis anos trabalha com a fruta, em uma área de 2 hectares e 40 mil pés de abacaxi. “Eu já mexia com isso lá em Ariquemes, junto com meu pai. Mas aqui eu recebi o acompanhamento da Emater desde o início, e trabalho com a indução para acelerar o resultado e a padronização das frutas”, conta. Segundo a extensionista rural e engenheira agrônoma, a indução floral é a forma de adiantar a colheita, sem prejudicar o plantio.

 

“São dois produtos que auxiliam esse processo, que é o etrel ou o carboreto de cálcio. Se o tempo de colheita seria de até 22 meses, o período reduz para 14 meses com a indução, o que para o produtor dá resultado e lucro muito mais rápido, além de não deixar faltar o produto no mercado”, explica Solange. A profissional diz que o solo da região é muito ácido, com baixo teor de alumínio, cálcio e magnésio, com textura areno-argilosa, o que exige a correção por parte do produtor, com a aplicação de calcário dolomítico e a irrigação. “Por hectare, a instalação do sistema de irrigação custa em torno de R$ 18 mil, o investimento é alto, mas vale a pena”.

 

Vilmar avalia que o investimento feito na área já passa de R$ 60 mil durante os seis anos. “Eu comeceicom 15 mil pés, com as mudas que eu trouxe lá das terras do meu pai. Até o meio do ano quero subir os 40 mil que tenho agora para 60 mil. Todo mês eu tenho a fruta e os meus compradores de feira e comércio local vem buscar direto comigo. Meu preço é R$ 3, e os revendedores conseguem levar ao consumidor final por até R$ 5”.

Vilmar mostra o sistema de irrigação no plantio

 

O adjunto da Seagri acrescenta que a vantagem do abacaxi é que pode ser a renda principal para o pequeno produtor, mas também pode ser uma renda secundária. “Pode ser utilizado com culturas intercaladas, com plantio em filas duplas, com culturas de ciclo maior ou menor, como é o cado do milho, que em três meses se tira a cultura e a sombra não afeta. Também pode ser intercalado com a floresta plantada, que enquanto as árvores estão crescendo o produtor explora o abacaxi e gera uma renda até que o plantio de árvores está desenvolvendo em dois ou três anos. Enfim, o abacaxi pode ser intercalado com mandioca, quiabo, abóbora, maracujá, e até mesmo com o café, tudo isso é uma facilidade que a cultura dessa fruta proporciona”, conclui José Paulo.

Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS