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DJANIRA PIO – SÃO PAULO, SP – Nossa Homenageada
1ª participação na coluna impressa Momento Lítero Cultural Nº 194 - 13 de Janeiro de 1995: Carta com poesias.
Djanira Arruda Pio Soares, nascida em Santa Rita do Passa Quatro, em 02 de Abril de 1935, Estado de São Paulo.
Trabalhou na Santa Casa de Misericórdia ate se formar professora, para poder lecionar.Aposentada como professora de Português, na rede pública estadual.
Mora na cidade de SP desde 1954, casada, tem 3 filhos. Sempre gostou de ler e logo começou a escrever, quando nem sabia que estava escrevendo. Escreve poesias, contos, minicontos, crônicas e romances.
Começou fazendo leituras de autores estrangeiros, porque os encontrava na Biblioteca da Escola.
DESTINO
Fiz o meu caminho
através de pequenas
e inocentes
escolhas,
que com o passar
do tempo
se tornaram meu destino.
***
BEM TE VI
Um pássaro canoro
me diz
que sou feliz.
Canta dentro de mim
louca sensação
preenche meu ser.
O sol ilumina o todo
arrebenta
em alegrias
e promessas.
Um pássaro canoro
ousado e corajoso
canta para todos:
__ Bem te vi!
-__ Bem te vi passarinho!
***
HOJE
Houve
o momento ruim
quando o sentido de tudo
fugiu com o vento.
Só a morte salvaria
o grande e pegajoso nada.
Mas o momento passou
como todos os momentos.
Hoje
é o tempo presente
que existe
e é bastante.
***
ANJOS
Anjos protetores
voejam
pelo espaço.
Sinto o rufar
de asas invisíveis.
Sei que não estou só.
Deixo para traz
tudo que
não preciso.
Há muitos mundos
no Universo.
Sabemos.
***
ANOITECER
O vento sopra
para refrescar o dia.
Os galhos da árvore,
um tanto maltratada
balouçam
suas flores roxas.
O que pode ser mais belo?
_ A gratidão que sinto,
por essa visão
do entardecer.
***
ESTA NOITE
Esta noite
todas as portas
estão abertas.
E eu aqui,
aprisionada
dentro de mim.
***
A estante guarda
tantos livros.
Os livros
contem tanta sabedoria.
Mas é preciso
lê-los
e apreciá-los.
***
DISPERSÃO
No escuro
sem vislumbrar
estrelas,
as ovelhas
se perderam
do rebanho.
*****
A ÚLTIMA ESTAÇÃO
Na fila
dos desamparados,
todos têm
cabeça branca,
os ombros
são arqueados,
carregam o peso
do tempo.
O rosto marcado
pelos infortúnios
e os olhos tristes
dos abandonados.
Ficam ali,
na fila, silenciados
como cordeiros.
Escolhidos e separados
para o sacrifício.
*****
VISÃO
Hoje
encontrei minha mãe,
num ponto de ônibus
da periferia.
Bonitinha,
miudinha.
O cabelo era o mesmo,
o corpo era o seu
e esperava o ônibus
da periferia.
Um calor filial
se instalou em mim,
pela visão de minha mãe,
lembranças de acalanto.
Hoje
encontrei minha mãe
que não era minha mãe.
Os cabelos eram dela
o porte era dela,
o tempo não era dela.
Era quase minha mãe.
*****
TREVAS
A noite
não é escura.
Escuras
são as trevas
que envolvem
meu coração,
nessas horas abismais
em que os anjos
adormecem.
*****
SONHOS
Ai, que meus sonhos
se foram.
Não me avisaram
e não deixaram sinais.
Corri no vento e no tempo,
na fria desilusão.
Perdi os sonhos dourados
e pus-me
a chorar em vão.
Ai, que meus sonhos
se foram
sem nenhuma razão.
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