Foto: Divulgação
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AMÉLIA SPARANO - EM MEMÓRIA
Poetisa, romancista - 17 de agosto de 1912, Turim, Itália a 02 de outubro de 2008, Rio de Janeiro, RJ (96 anos)
10.Março.1995 – M.L.C. nº 204 - Poesia Areia (1ª participação)
29. Julho. 1995 – M.L.C. nº 227 - ENTREVISTA
AREIA
Nos olhos a praia inteira.
Na mão punhado de areia.
Na mão punhado de sonhos.
Mão cheia,
mão vazia.
Vida, sonhos e sonhos...
Punhado que se esvazia.
INCENTIVO
Para levar adiante meu dia a dia
e subir a vereda da existência.
eu preciso de um sonho à minha frente.
Preciso de um desejo, que alimente
uma esperança, uma ambição qualquer.
Sempre renovada,
quando frustrada.
Fabrico as ilusões,
conscientemente.
DESCOBERTAS
Descobri o tempo
e do limbo saí.
Descobri a culpa,
saí do paraíso.
Descobri a dúvida
e do inferno saí.
Descobri o amor
e me integrei na vida.
FELICIDADE
Felicidade,
avezinha arisca,
definha engaiolada.
Foge de quem a caça.
Perseguida esvoaça,
inalcançável.
Mas se achega
ao espalhador de alpiste.
E desapercebida
pousa no ombro
do jardineiro que semeia flores
nos canteiros da vida.
***
VOAR
Abrir asas, voar,
rumo ao infinito.
Ousado sonho que não acalento.
Apegada a meu chão
amo todas as pedras do caminho.
Não quero tiritar no azul do céu,
nem ver a terra azul
cor da distância
no espaço sideral da solidão.
***
PERPÉTUO PRESENTE
Penso portanto existo
sinto portanto vivo.
Agora aqui somente
É película virgem o futuro
que às vezes inventamos
antecipadamente.
O passado espetáculo acabado
E às vezes se projeta novamente.
Mas agora, mas sempre
previsões e lembranças
projetadas na tela do presente.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!