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PAULO REIS – Nova Friburgo, RJ.
Membro da Galeria “Poetamigos(as) da Coluna Momento Lítero Cultural”
CENA
Uma luva branca
sobre o corpo.
Um chumaço
de algodão
na boca
atenua a cara feia
da morte.
Sinal fechado
para a vida.
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ESTAÇÃO DO AMOR
Pele sobre pele
repele o inverno.
Abrigo-me na estação do seu corpo,
é verão o ano inteiro.
Saboreio vinhos,
queijos e fondues.
Entre carícias e suspiros,
nossos corpos se incendeiam,
derreto-me de amor;
e esse amor só esfria
quando o sol aparece
para me roubar
a sua energia.
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INFÂNCIA
Lembrei-me das estradas
Que um dia caminhei.
Das borboletas coloridas,
Com saudades eu fiquei.
Onde estão as borboletas?
Pois eu não as vejo mais.
Ah, infância querida!
Que falta você me faz.
*****
JOANINHA
Joaninha, joaninha
para que tantas pintinhas?
Será que é para se mostrar
na passarela das folhinhas?
Como são bonitas
as cores das suas pintas!
Também quero me pintar
você pode dizer quem pinta?
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POETA OPERÁRIO
Ele é um poeta operário,
sem horário
para a poesia.
Com os órgãos do sentido,
capta a matéria-prima.
Depois de processá-la,
organiza em embalagens visuais
a arte do seu ofício.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!