PIMENTEIRAS DO OESTE: Um tesouro rondoniense que precisa ser valorizado

PIMENTEIRAS DO OESTE: Um tesouro rondoniense que precisa ser valorizado

Foto: Reprodução

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Pimenteiras do Oeste, localizada na fronteira do Brasil com a Bolívia, é uma das localidades mais antigas e menos populosas de Rondônia. Com aproximadamente 2,5 mil habitantes e emancipada desde 1995, o município, distante 177 km de Vilhena, combina história, cultura e belezas naturais, atraindo visitantes interessados em explorar suas raízes e riquezas.
 
Inicialmente pertencente ao Mato Grosso, Pimenteiras era um corredor utilizado por bandeirantes e exploradores espanhóis e portugueses rumo ao Peru e à Bolívia. Evidências arqueológicas indicam a presença dos indígenas Pau Cerne na região. Moradores locais encontraram vasos, urnas e outros utensílios de barro desses povos extintos.
 
 
A Área de Preservação Ambiental Tamanduá abriga um cemitério onde aventureiros e seringueiros foram enterrados. Outro marco histórico é a cruz de bronze datada de 1907, com inscrições em alemão, localizada em frente à Igreja Matriz. A cruz foi retirada da mata pelo missionário alemão Jasper von Oertzen, que faleceu aos 32 anos.
 
O processo de ocupação foi intensificado pela fuga de escravizados de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso. Esses grupos quilombolas se dirigiram ao norte, pelo rio Guaporé, formando comunidades como Santa Cruz, um dos nove quilombos homologados em Rondônia.
 
Embora a formação de Santa Cruz tenha raízes no Ciclo da Borracha (1877–1914), registros indicam que a ocupação pode ter iniciado nos séculos XVII e XVIII. Hoje, a localidade de Laranjeiras, com cerca de 70 moradores, reflete o legado do seringueiro Américo Casara, um de seus fundadores.
 
Com o declínio do Ciclo da Borracha, Pimenteiras passou a depender da pesca nos rios Guaporé e Cabixi. Atualmente, o turismo é uma atividade em ascensão, alavancado pela pesca esportiva e pela exploração do Parque Estadual Corumbiara, que preserva a biodiversidade da região e atrai amantes do ecoturismo.
 
 
Reconhecido como um dos rios mais piscosos do Norte, o Guaporé é ideal para a pesca esportiva. Tucunarés, corvinas e apapás são as espécies mais procuradas, especialmente entre maio e novembro, dependendo do período de cheia ou seca.
 
Com 424 mil hectares, sendo 40% em Pimenteiras, o parque é um dos poucos no Brasil a englobar três biomas: Cerrado, Pantanal e Floresta Amazônica. A área abriga 57 espécies de mamíferos, 173 de aves e 20 de répteis, incluindo espécies raras e ameaçadas.
Pimenteiras é também palco de eventos culturais e religiosos que celebram suas tradições e reforçam a identidade local.
 
A Romaria do Divino Espírito Santo é uma tradicional romaria fluvial  ue percorre comunidades ribeirinhas bolivianas e brasileiras ao longo do rio Guaporé, unindo fiéis durante 45 dias em celebrações religiosas. O evento acontece entre abril e maio, e percorre várias cidades e vilarejos às margens do Guaporé, entre Costa Marques e Vila Bela da Santa Bela da Santíssima Trindade, já no Mato Grosso.
 
Já o Festival de Praia, realizado no feriado do sete de setembro, é um dos maiores da região, reúne música, torneios esportivos e apresentações culturais. Além de diversão, o festival impulsiona o comércio local e promove o município como destino turístico.
São realizados também torneios de pesca esportiva, rodeios e outras atividades tendo sempre como foco a atração de pessoas de fora. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Esporte e Turismo, nas primeiras semanas de janeiro o calendário de atividades para 2.025 será concluído, mas as atrações principais do Município estão confirmadas. 
 
 
A hospitalidade dos moradores, combinada à majestosa natureza da região, torna Pimenteiras uma escolha ideal para quem busca conforto e aventura. Barcos-hotel e pousadas oferecem infraestrutura para explorar os rios e a biodiversidade, com experiências que incluem observação de vitórias-régias, tartarugas e jacarés, além de pratos típicos à base de pescado.
 
De Porto Velho, são 700 km pela BR-364 até Vilhena. De lá, percorrem-se mais 128 km pela BR-435, passando por Colorado do Oeste e Cerejeiras até Pimenteiras.
 
Dicas de Viagem
 
Melhor período para pesca: Entre maio e novembro, com peixes de couro e escama em abundância.
Hospedagem: A região conta com hotéis, barcos-hotel, pousadas e restaurantes para atender diferentes perfis de visitantes.
Essa reportagem contou com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente, Esporte e Turismo de Pimenteiras do Oeste, gerida por Marinete Ribeiro Brito, além de contribuições do historiador e jornalista Júlio Olivar e do jornalista Wilmer Garcia.
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