A participação de Sibá Machado como “representante de Rondônia” não serviu para absolutamente nada, a não ser dar um gordo salário ao então suplente de Marina Silva no Senado.
Foto: Divulgação
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Famoso por suas defesas atrapalhadas a favor do Partido dos Trabalhadores nas redes sociais nos últimos meses, o deputado federal petista Sibá Machado (AC) foi indicado, em 2009 para representar o Estado de Rondônia, com quem nunca teve nenhuma afinidade, no conselho da usina de Jirau. A indicação havia sido feita pela então senadora rondoniense Fátima Cleide e proporcionou a Sibá o singelo salário de R$ 11 mil. Porém, na época, ele também era assessor especial do governo acreano, na época comandado por Binho Almeida e tinha um salário também de cerca de R$ 10 mil.
O caso veio ao público na época e foram feitos questionamentos dessa indicação pelo então senador Expedito Júnior e pelo deputado federal Rubens Moreira Mendes, que inconformado chegou a publicar um artigo sobre o caso, alertando para a ressaca pós-usinas (que estamos passando agora). Veja a posição do ex-parlamentar sobre o tema:
“A mobilização política de figuras conhecidas como o ex-governador Jorge Viana e o suplente de senador Sibá Machado para beneficiar empresas acreanas seria legítima, não fosse o fato de esta atitude atentar frontalmente contra os interesses dos empresários, das empresas e dos trabalhadores rondonienses. Entendo a preocupação demonstrada por esses dois homens públicos, que querem minimizar os efeitos da crise econômica ocupando vagas de trabalho nas obras das usinas. Mas não é justo nem aceitável se cobrir um santo desnudando o outro.
Os empregos oferecidos no decorrer da construção das usinas devem ser preenchidos, prioritariamente, por trabalhadores do nosso estado. Como também devem ser adquiridos, no comércio local, os produtos necessários para a execução das obras.
Todos sabem que sempre fui um defensor ferrenho das usinas do Madeira. E com a mesma veemência e determinação vou defender a participação justa e preferencial da mão-de-obra local e das empresas de Rondônia na sua construção. Jorge Viana e Sibá Machado, por serem do PT, dispõem de grande poder de articulação e muita força política para interferir em algumas decisões. E tem todo o direito de defender suas posições. Mas não aqui! Não permitiremos que o povo rondoniense – que tanto lutou por essas usinas – seja prejudicado dentro de seu próprio território, quando o estado dispõe de empresas qualificadas e de trabalhadores aptos ao preenchimento das funções.
Em momentos de crise, a realização de grandes obras serve para atenuar tensões sociais causadas pela ameaça de desemprego, e também para minimizar a insegurança que advém da falta de definição nos rumos da economia. Por isso as hidrelétricas são tão importantes para o estado de Rondônia. Mas, mais do que isso, o que deve ser levado em conta é o enorme impulso social e econômico que as obras de Santo Antonio e Jirau darão à nossa região. É um benefício do qual não podemos abrir mão. É um direito nosso, líquido e certo.
No entanto, se por um lado as usinas propiciarão à região – inclusive ao vizinho estado do Acre – um inegável progresso, por outro sobrará para Rondônia a ressaca do fim da obra, com o inchaço de Porto Velho e seu entorno, o desemprego e os problemas deles decorrentes”.
Já Expedito Júnior se posicionou na época da declarando que iria “pedir explicações sobre a nomeação de Sibá Machado ao Ministro das Minas e Energia, Edson Lobão e declarou que “não iria permitir a intromissão de políticos de outros estados em assuntos que dizem respeito a Rondônia”. Também declarou que “aqui temos pessoas capacitadas para ocupar esse cargo ou qualquer outro” e achava “um absurdo essa indicação”.
A participação de Sibá Machado como “representante de Rondônia” não serviu para absolutamente nada, a não ser dar um gordo salário ao então suplente de Marina Silva no Senado.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!