Cabeça cortada – Por Osmar Silva
Foto: Divulgação
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Temos visto, nos últimos tempos, acirrados debates sobre o divórcio político existente entre o que pensam e fazem os dirigentes da República do Brasil e o que deseja e reclama, cada vez mais impaciente, a sociedade. A conclusão a que se chega não deixa dúvidas: estamos envolvidos num cabo-de-guerra. Numa ponta, as classes dirigetes com suas criminosas e descaradas práticas de corrupção institucionalizada e, noutra ponta, a sociedade pagando a conta dos rombos, escravizada por impostos insuportáveis, inflação sem controle e juros nas alturas, fazendo força pela prevalência das leis, da ética e da moral na política e na gestão da coisa pública.
Esse divórcio está produzindo seus malefícios para ambos lados. O povo está sofrendo, mas o Partido dos Trabalhadores – que traiu a todos – está sendo varrido do mapa. Dos seus dirigentes e ideólogos, os que não estão presos estão sendo acusados e investigados. E os que ainda não respondem a processo, não podem aparecer em público.
A presidente Dilma, com medo do panelaço, correu pra redes sociais no dia 1º de maio. O Lula, que andava se escondendo, após a libertação dos seus amigos do Lava a Jato, que poderiam entregá-lo ao Juiz Moro, voltou a cantar de galo. Acredita que não há quem tenha coragem de denunciá-lo e confia na impunidade resultante de segredos guardados a milhares de chaves.
O fato é que partido da ética está afundando na podridão que produziu. Petistas estão migrando para outros partidos para ter uma pequena e remota chance de candidatura vitoriosa nas próximas eleições.
Mas o PT não está indo sozinho para o brejo. Está levando outros partidos e deixando os poderes partidarizados e desgastados. Não é à toa que a presidente Dilma Rousseff amarga 11% de aprovação assim como o Congresso Nacional e os partidos políticos ocupando os últimos lugares na lista de instituições avaliadas pela sociedade.
As condutas hipócritas praticadas deceparam a cabeça da nação do seu corpo. Rompeu-se a conexão entre o que um faz e o que o outro quer. Mas a sociedade nacional está se reconstruindo. Milhões de brasileiros da esquerda, do centro e da direita se unem pacifica e democraticamente, do Chui ao Monte Roraima, para dizer basta! sob a prevalência de uma única bandeira: a do Brasil.
Até os mesmo aqueles petistas mais conscientes e patriotas, têm ido às ruas vestidos de verde e amarelo. Só os grupos radicais, cada vez menores, da Cut, MST e Une persistem em sair, antes ou depois, com suas carcomidas bandeiras vermelhas e surrados jargões que não geram mais efeitos nenhum. Não iludem nem enganam mais ninguém.
Grupos a serviços da fisiologia e da defesa de organismos depauperados que não representam mais o pensamento dos seus filiados e associados, mas cujos dirigentes acostumados ao fausto com o dinheiro do povo, não querem largar a teta pública.
Gente que há muito tempo não sabe o que é trabalhar. Sanguessugas do povo - que dizem defender - têm com o único esforço segurar um microfone e comandar um carro de som promovendo discursos em causa própria. Estão com os dias contados. Nova aurora há de surgir no horizonte.
O Brasil tem que mudar agora. Com ou sem Dilma. A hipocrisia tem que acabar. Hoje o PMDB é quem governa o Brasil. Foi convocado para substituir seu maior oponente – um morto insepulto - para promover o reimplante da cabeça ao corpo. Unir o Brasil.
O PMDB está com a missão de pacificar, com os demais partidos, os anseios da nação. De realizar as reformas reclamadas que se arrastam há décadas entre os desvãos das comissões do Congresso e o balcão de negócios dos partidos. Sem mentiras, sem falsidades. Sem mensalão ou mensalinho. Condutas que o povo não aceita mais.
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