O Governo tem divulgado o crescimento do PIB, mas esconde da população os números que mostram que esse crescimento tem sido muito menor que em 2010, quando atingiu o auge e a atual administração ainda não tinha assumido a direção do barco.
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
O volume e o ritmo da criação de novas empresas, por desdobramentos óbvios, são dois dos principais indicadores que medem a força de uma economia. Novas empresas significam novos postos de trabalho, maior circulação de dinheiro e, consequentemente, maior arrecadação. Ocorre que, em contraponto às notícias divulgadas pelo Governo Estadual, inclusive na propaganda eleitoral do candidato à reeleição, que pinta um mundo colorido sobre os indicadores econômicos de Rondônia, a realidade é bem mais dura.
Relatório de uma consultoria encomendada pelo PSDB e entregue ao candidato ao Governo pela coligação Frente Muda Rondônia, Expedito Junior, mostra que o círculo virtuoso vem perdendo ritmo e provocando grande recuo na economia de uma maneira em geral.
O Governo tem divulgado o crescimento do PIB, mas esconde da população os números que mostram que esse crescimento tem sido muito menor que em 2010, quando atingiu o auge e a atual administração ainda não tinha assumido a direção do barco. O IDH recuou fortemente, de 0,776 em 2008 para 0,756 em 2012, semelhante o norte da África.
De acordo com o relatório produzido pela Bueno Consult, Rondônia tem hoje 127 mil empresas ativas, com queda acentuada de menos 37% na variação 2013-2014. “Isso significa que nossa economia criou 37% menos empresas no comparativo com 2013, no mesmo período. Um desastre! Regredimos quase 40% em nossa força para impulsionar a economia através da criação de novas empresas. E o que estimula a criação de novas empresas? O ambiente de negócios, expressão criada pelo Banco Mundial para designar o status de uma economia para que empresas possam ser criadas e que possam desenvolver-se, ou não, de acordo com as políticas públicas, regulações e uma série consistente de indicadores para medir o desenvolvimento da economia empresarial”, acentua o documento.
Com base nesta e em outras informações obtidas junto a técnicos do próprio governo, Expedito propõe o estabelecimento de um novo cenário de negócios.
“Nós vamos oferecer as melhores condições aos investidores externos e internos. Além dos incentivos fiscais, vamos apostar muito na inovação científica e tecnológica. Recentemente divulgamos nossa proposta de ativação da nossa Fundação de Amparo à Pesquisa Científica e Tecnológica, que será um importante instrumento a orientar nosso crescimento sustentado
da economia”.
A consultoria indicou que Ji-Paraná e Porto Velho lideram a queda na criação de novas empresas, com -40,62% e -39,94%, respectivamente. Mas não ficam atrás os outros três motores da economia de Rondônia: Cacoal, com -36,48%, Vilhena -32,24% e Ariquemes -31,87%. “Escandalosamente a economia perdeu força. Temos ouvido reclamações de empresários dos mais diversos setores a respeito da queda no faturamento, com taxas que variam de menos 30% até incríveis 70% em alguns segmentos”, observa o candidato tucano, que compartilha da mesma opinião de que “a maioria dos empreendedores já considera o ano de 2014 morto desde abril”, segundo atestou a Bueno Consult.
Serviços recuaram mais de 60%
No setor de serviços, principal termômetro do crescimento e desenvolvimento de uma economia, pois sua atuação permeia todos os outros setores e é forte agregador de valor na geração de novos postos de trabalho, elevação da renda, maior arrecadação tributária e distribuição da riqueza, a queda foi de 62,41%, “um desastre”. “É evidente que a economia não apenas esfriou, mas está em franco recuo, bem diferente do discurso oficial”, concluiu o relatório.
O segundo setor que aponta queda acentuada é o comércio, com -38,45% no indicador de criação de novas empresas desse setor que representa 47% do total de empresas em operação em Rondônia. “O comércio, de mãos dadas com o setor de serviços, forma o maior conjunto agregador da economia de Rondônia, superior à soma da indústria e do agronegócio, com menos da metade do número total de empresas dos outros dois setores”, destaca o relatório.
Expectativas
Expedito até admite que o fim das obras das usinas do Rio Madeira e as enchentes tenham refletido negativamente na performance econômica, mas para ele, faltou, sobretudo, uma estratégia de desenvolvimento econômico, vez que a conclusão das usinas já era prevista. “Infelizmente houve uma conjugação atroz de inexperiência, ineficiência técnica e ausência de política econômica. Os atuais secretários são o espelho que reflete e sintetiza o que é o governo: apático, lento, ineficiente e improdutivo.
Essa apatia, esse marasmo e a melancolia que tem marcado esse fim de governo serão substituídos, a partir de janeiro, pelo vigor, dedicação, entusiasmo, motivação e sobretudo, pela competência e eficiência”, conclama Expedito.
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!