O abismo social é, claro, um dos grandes culpados. Quanto menos oportunidades, mais risco de entrar para o crime.
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Dos 7.674 presos condenados em Rondônia, nada menos do que 2.274, ou quase 30% estão em regime domiciliar. É um dos maiores índices do país de condenados que não estão em regime fechado. Nas cadeias rondonienses, sempre superlotadas como em todo o país, há ainda um déficit de nada menos que 2.690 vagas. Somos o segundo estado do norte com mais presos (o número 1 é o Pará, com mais de 12 mil detentos) e o Brasil é o terceiro país do mundo em número de presos. Temos mais de 715 mil detentos, perdendo apenas para a China comunista, com quase 1 milhão e 650 mil e os Estados Unidos, campeoníssimo, com mais de 2 milhões e 300 mil encarcerados. Nos Estados Unidos, a maioria das prisões já é privatizada. Na China a maioria dos presos o são não por crimes comuns, mas por afrontas ao regime. Na América Latina, é o Brasil, envolvido até o pescoço na maior onda de violência da sua história, que lidera essa triste estatística, que, infelizmente, só tende a crescer.
O abismo social é, claro, um dos grandes culpados. Quanto menos oportunidades, mais risco de entrar para o crime. Em teoria é isso. Mas no nosso país, embora ainda seja absoluto o número de pobres e negros ocupando nossas cadeias, milhares de presos vieram da classe média. A violência gratuita, que domina não só as grandes cidades, mas já agora também invadindo as pequenas comunidades, envolve principalmente criminosos envolvidos com o mundo das drogas e do crime organizado. Temos quase três quartos de milhão de brasileiros nas cadeias, amontoados como animais e com raríssima chance de recuperação. Se todos os mandados de prisão fossem cumpridos, teríamos mais de 1 milhão de presos. Nem assim o crime e a extrema violência diminuem. São os tempos da tragédia e da morte, rondando nossa população trabalhadora.
NEM ABRIRAM
Desde terça, dia 10, estão autorizadas as convenções partidárias para a eleição de outubro. A situação está tão confusa que ninguém, até agora, teve coragem de fazer a sua. Quase todos os partidos deixarão para fechar suas nominatas na última hora. Para o governo, Confúcio Moura continua sendo ainda o único nome importante já definido. Todos os demais não sabem ainda para que lado vão, ou por não terem fechado acordos ou por estarem com problemas com a Justiça Eleitoral. Nenhuma convenção foi sequer aberta.
VAI E VOLTA
No PP, Ivo Cassol diz que sua irmã Jaqueline será a candidata. Mas Maurão de Carvalho e sua turma ameaçam ir à convenção para tentar ganhar a indicação no voto. É um caso complexo, sem solução à vista. O PT, pela enésima vez, se reuniu para exigir candidatura própria com o Padre Ton, mesmo contra a orientação nacional. O PSDB depende do TSE, para saber se Expedito será mesmo liberado para concorrer. Os demais estão anunciando nomes só para preencher espaço. Afora os cinco citados, ninguém mais tem chances.
A COISA COMPLICOU
A maioria dos partidos está com dificuldades em formatar coligações para os cargos proporcionais. Menos o PMDB, que se dá ao luxo de recusar alianças com outros partidos, porque tem chances reais de eleger mais da metade da Câmara Federal. Nas outras siglas, dois problemões. O primeiro é não ter ainda nomes de pesos para a corrida pelo Congresso. O outro é a enorme dificuldade de encontrar mulheres que formem os 30% exigidos pela lei eleitoral, em suas reelações de candidatos. A coisa está complicada!
CASOS PATÉTICOS
A semana acaba com alguns eventos tristes e deprimentes. Um dos piores foi a cena patética de um advogado de Mensaleiro condenado, ameaçando o presidente Joaquim Barbosa e gritando dentro da sala de reuniões dos ministros do STF. Mais patética e lamentável a posição da petista OAB nacional, que considerou que o errado foi Barbosa, mesmo tendo sido desrespeitado dentro da casa que preside. É péssimo exemplo à Nação. O advogado exigia pressa no julgamento de um recurso. Se a moda pega, os ministros do Supremo serão reféns de advogados, daqui para a frente.
PRESSA E LENTIDÃO
A OAB, quando envolve "cumpanheiros", é lépida e faceira em protestar e exigir seus direitos. Pena que não faça o mesmo em casos que envergonham a Nação, como o do massacre do garimpeiros, quase três dezenas, trucidados na Reserva Rossevelet, há mais de 10 anos. Até hoje a instituição não pediu pressa no caso, cujos envolvidos sequer foram denunciados à Justiça, pelo Ministério Público Federal. Mas certamente o caso do mensaleiro José Genoino é muito mais importante do que as vidas dos garimpeiros. Uma coisa é uma coisa, outra coisa...
GOLEADA DA SUJEIRA
Em Porto Velho, nenhum protesto contra a Copa. Houve aqui e ali quem imaginasse que alguns celerados iriam para as ruas encher o saco de quem queria torcer, mas o bom senso prevaleceu. O fato negativo na Capital foi a absurda sujeira deixadas nas ruas, durante toda a sexta, incluindo em várias áreas do centro, pelos sugismundos de sempre. O recolhimento de lixo em várias partes da Capital já anda deficiente. Piora, cada vez que há concentração de gente que joga tudo o que pode na rua...
PERGUNTINHA
Na terça, quando enfrentaremos o México, vai ser novamente teste para cardíaco ou vamos passar com muito mais facilidade do que contra a Croácia?
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!