OPINIÃO DE PRIMEIRA – Por Sérgio Pires
Foto: Divulgação
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O equipamento é deficiente e o consumidor paga o pato
Indignado, o jornalista Sérgio Pires publicou um desabafo sobre a tentativa da Eletrobras/Ceron de lhe cobrar uma conta absurda. A própria Ceron trocou, na casa dele, um medidor que considera superado e que não estaria lendo corretamente o consumo de energia. Para Ceron, a culpa do seu péssimo equipamento é do cliente. Sobre o assunto, o jornalista escreveu:
"A Ceron, que agora tem novo apelido, mas continua cada vez pior, me enviou uma cobrança, com uma dívida inventada e esdrúxula. Há quatro meses, trocou o contador, alegando que ele era antigo e não estava marcando corretamente o consumo. Acompanhei o procedimento e recebi um documento assinado por um desses terceirizados, provando que não havia qualquer irregularidade no medidor, que ele apenas era superado e teria que ser trocado por um mais moderno. Quatro meses depois, os malandros mandaram, num envelope sem endereço, sem data, sem informação que possa me ajudar a entender a sacanagem, várias planilhas, apontando que eu devo quase 900 reais. Uma canalhice. Imaginam que estão lidando com algum otário, que vai correndo pagar a conta sem questionar. Se deram mal. Não só não vou pagar, como vou acionar judicialmente por danos morais, esses metidos a malandros, que acham que podem enganbelar os consumidores quando quiserem. E ainda mandam uma carta anônima, sem assinatura de quem quer que seja, ameaçando isso e aquilo, caso eu não recorra em 30 dias (sem dizer a partir de quando conta o tempo). Deram-se mal, esses otários! Só vou pagar um centavo desta cobrança criminosa, se a Justiça mandar. Mas, se houver mesmo Justiça, será essa empresa fajuta, acostumada a impor sua vontade, na mesma proporção que presta um péssimo serviço, quem vai ter que se explicar nos tribunais. Vade retro, Ceron/Satanás!"
JUSTIÇA NELES!
Uma das campeãs de queixas junto aos órgãos de defesa do consumidor, a Ceron não se emenda. Continua tentando explorar seus clientes. Ineficiente, incompetente (a constante falta de energia, algumas vezes por horas e até dias comprovam isso), a estatal terceirizou muitos dos seus serviços, não se sabe em que termos. E parece que todos querem faturar em cima do pobre consumidor. Está na hora da Justiça defender os indefesos, impedindo que essa exploração continue...
THE END!
Tudo indica que, nesta quarta, chega ao fim a longa novela, com capítulos surpreendentes, que envolveu o mandato do deputado Natan Donadon. É pule de dez que ele será cassado pelo plenário da Câmara Federal. A perda do mandato já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e agora só falta o último ato. Ainda nesta semana, o ex-senador Amir Lando, do alto dos seus pouco mais de oito mil votos, assume a cadeira de Natan. The End!
FAMÍLIA DESTRUÍDA
Paulo Freitas, sua esposa e filho voltaram ao sul. Deixaram Rondônia, com um membro a menos na família. A jovem Naiara Carine, que veio para cá com eles, não voltará. Está sepultada aqui mesmo, depois de ser brutalmente assassinada. Pior de tudo é que a família decidiu ir embora porque se sente ameaçada. O patriarca contou que pessoas estranhas andavam circulando próximo a sua casa. Ele sente que há alguma coisa muito estranha no ar. Quem realmente matou Naiara e por quê? E as ameaças à família dela, são mesmo reais? Trágico, triste, deprimente.
VAI ATÉ DOMINGO
Tem que se registrar o esforço da Secretaria de Esportes e Cultura, Secel e dos grupos folclóricos de Rondônia nos primeiros dias do Arraial Flor do Maracujá. Mas o primeiro final de semana foi muito aquém, mas muito mesmo, em termos de público, do que o seria, se não tivesse havido aquela confusão do sai não sai, envolvendo a Procuradoria Geral, o GTribunal de Contas e secretarias do governo. Se espalhou que o Arraial não iria acontecer. Até reverter a boataria, muita gente não foi ao Parque dos Tanques. A partir desta terça, espera-se que o público retorne em massa à festa. Que só termina no domingo.
LEI DOENTIA
Há esforço, dedicação e uma batalha diária das autoridades, na busca de melhorias para a saúde pública. Em nível estadual, Wiliames Pimentel melhorou tudo, embora, é claro, haja ainda um longo caminho a percorrer. Na Capital, o secretário Macário Barros também vem batalhando por bons resultados. Ambos - e todos os secretários de saúde do país - têm, contudo, um grande inimigo: a legislação absurda, atrasada e doentia, que não permite que sejam tomadas medidas rápidas. Se o fizer, o secretário pode ir até para a cadeia. Lamentável!
ABERRAÇÃO
Não se pode fazer nada sem que o inferno burocrático permita. Tem que fazer tudo na saúde, do mesmo jeito que se faz com uma obra pública, a compra de papel higiênico ou o serviço de desobstrução de uma vala. A Lei 8666 hoje é anacrônica e contra os interesses dos brasileiros, principalmente quando se tratam de questões ligadas à saúde pública. A legislação não combate a corrupção e engessa quem é sério e quer trabalhar. Mas, como nosso Congresso e nossos políticos têm muitas outras preocupações (as deles, em primeiro lugar), certamente não há tempo de corrigir essa aberração.
PERGUNTINHA
Será que os médicos cubanos que trabalharão em regime análogo ao da escravidão no Brasil poderão ser chicoteados, caso não cumpram corretamente suas funções?
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