O vale tudo eleitoral Valdemir Caldas
Foto: Divulgação
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Na briga pelo governo do estado de Rondônia, vale qualquer sacrifício, desde a disseminação de promessas messiânicas, passando por alianças espúrias, até consulta a pai de santo. Isso mesmo! Há candidato recorrendo aos terreiros de candomblé para sentar-se na principal cadeira do palácio Getúlio Vargas. Meu Deus!
Impressiona e preocupa, no entanto, a conduta de certas pessoas para chegarem ao poder. Muitas delas são capazes de venderem a própria alma ao diabo para satisfazerem seus desejos oníricos. E o povo? Para essa gente, o povo é o que menos importa.
Estamos a onze dias do pleito. Infelizmente, o que se tem ouvido e assistido, de ambos os lados, são trocas de impropérios e acusações entre candidatos, aliados políticos, correligionários e cabos eleitorais. Propostas concretas e palatáveis parecem não estimular os postulantes, que insistem nas mesmas práticas condenáveis do passado. O negócio e minar as bases do adversário. Se possível, deixá-lo arquejando, na lona.
Institutos de pesquisas apontam a vitória do candidato Confúcio Moura, mas as coisas não são assim tão fáceis. O caminho para se chegar ao palácio Getúlio Vargas é sinuoso, cheio de obstáculos os mais variados. E eleição se perde e se ganha no dia. Às vezes, por um único voto. Por isso, nada pode ser desdenhado, desperdiçado.
Convém, desde já, afastar, de plano, a falsa euforia do “já ganhou”. Ainda é muito cedo para cantar vitória. Até o dia 31 de outubro, muita água correrá por baixo da ponte eleitoral. Há muitos eleitores indecisos. E eles podem ser o fiel da balança, tanto para um quanto para outro.
No primeiro turno da eleição para a presidência da República, o povo deixou claro que não mais aceita as formas caducas de fazer política. As pesquisas mostravam Marina Silva com menos de dez por cento das intenções do eleitorado. Computados os votos, o petismo ficou de queixo caindo, procurando chifre em cabeça de cavalo.
Estamos chegando à reta final. É preciso refletir o voto com seriedade. Neste momento, é fundamental que cada um pense e repense a sua decisão, desapaixonadamente. Felicidade e medo não rimam. Podem servir, quando muito, para “slogans” vazios de conteúdo e figuras de linguagem sem profundidade.
O eleitor está ressabiado, decepcionado, não apenas com alguns partidos, mas, principalmente, com uma casta de políticos canalhas. Por isso, não vai atirar no escuro, porque sabe que, se errar a mira, a bala poderá ricochetear e acertá-lo em cheio. Ele não vai entrar nesse vale tudo eleitoral.
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