O que é isso, “companheiro” Valverde? - Por Valdemir Caldas

Da Redação

25 de Setembro de 2009 às 08:16

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O que é isso, “companheiro” Valverde? - Por
Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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A miopia política e a incúria administrativa, quando se juntam, frequentemente resultam em prejuízos não somente para os seus mentores, mas, principalmente (o que é ainda pior), para terceiros.

Até mesmo toda uma coletividade poderá ser prejudicada, diante de tão maléfica combinação.

Situação emblemática pode ser observada no comportamento esdrúxulo do deputado federal Eduardo Valverde (PT) com relação aos servidores públicos de Rondônia.

A impressão é a de que Valverde tem ojeriza à categoria da qual faz parte. Tamanho contra-senso, nem Freud, o pai da psicanálise, conseguiria explicar.

Para alguém que se elegeu e, depois, reelegeu-se prometendo lutar pelos interesses do funcionalismo, de tempos a este, o petista resolveu seguir à risca essa receita maligna.

Tudo começou quando Valverde apresentou uma maldita PEC para acabar com o Regime Jurídico Único. A mais recente trapalhada do parlamentar refere-se à PEC da Transposição.

Se dependesse da proposta de Valverde, apenas os servidores admitidos entre 1981 e 1987 passariam a integrar os quadros da União, relegando os que foram contratados até 199l. Entretanto, graças à interferência lúcida e oportuna do deputado federal Mauro Nazif, a baboseira foi corrigida no nascedouro.

Parece que as lamparinas do juízo de Valverde voltaram a funcionar e ele, à semelhança da PEC do Regime Jurídico Único, retrocedeu e aceitou retirar sua proposta, prevalecendo, assim, a do deputado Nazif, segundo matéria postada no site TUDORONDONIA.

Erra, pois, Valverde, quando insiste, obsessivamente, em partir em tropelia contra os direitos de servidores públicos, amarrado a critérios administrativos obsoletos, sem examinar a realidade no elevado plano das legítimas aspirações da categoria.

O atual contraste entre o discurso político e a realidade deplorável que temos, hoje, onde é visível e chocante o predomínio de privilégios politiqueiros na gestão da coisa pública, revela o baixo nível da nossa cultura política.

Alguns sindicatos, no entanto, andam muito inquietos. Precisam mobilizar seus filiados e saírem às ruas para protestar contra essas e outras sandices, que vão do nada a lugar nenhum.

Depois, os petistas reclamam. É que já não é mais possível conviver com tanta pantomima, nem tolerável assistir ao festival de patacoadas que debilita as estruturas da administração pública e compromete de morte o futuro dos que prestam serviços à máquina burocrática. Que é isso, “companheiro” Valverde? É assim que você pretende chegar ao palácio Getúlio Vargas, tripudiando sobre os servidores?

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