*A notícia caiu como uma bomba e pegou de surpresa os dirigentes do PFL do Acre. A executiva nacional decretou intervenção no partido, a dissolvição da atual direção regional e determinou um prazo de 30 dias para que sejam realizadas novas eleições. Não será nomeado nenhum interventor se o partido cumprir o prazo determinado pela nacional.
*Embora a direção regional não tenha recebido ainda nada oficialmente, os dirigentes se reuniram por toda a manhã de ontem para tentar uma saída para a crise interna. Uma fonte dentro do PFL informou que a intervenção do partido teria sido articulada pelo vice-presidente do diretório municipal de Rio Branco, Paulo Ximenes.
*Ele teria ido a Brasília com uma "prova" de que o presidente regional do partido, deputado estadual José Vieira, estava fazendo o jogo político do governo aqui no Acre. A "prova", segundo informações, seria a foto de um jornal semanário que circula em Sena Madureira com o parlamentar ao lado do governador Jorge Viana (PT).
*Por telefone, o secretário-geral do partido, Luiz Pereira, confirmou a notícia da intervenção e ficou de se reunir, ainda na tarde ontem, com o deputado José Vieira. Para Pereira, a intervenção no partido é um fato "estranho", já que não vê motivos para que a direção nacional intervenha na executiva local.
*Ele informou que na semana passada esteve em Brasília juntamente com José Vieira e o presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, teria dado todas as garantias à direção regional. Internamente, o quadro de pré-candidaturas ao governo pelo partido muda complemente.
*Luiz Pereira fez questão de dizer, ainda, que caso não haja uma solução para o problema, poderá haver uma debandada geral do partido. O PFL elegeu em outubro do ano passado 19 vereadores no interior do Estado. Destes, pelo menos 11 teriam confidenciado que com a crise interna irão deixar o partido.
*Os dirigentes pensam em ir a Brasília na semana que vem onde pretendem se reunir com o presidente do partido e encontrar uma solução viável para a crise. Alguns não aceitam o fato da direção nacional haver acatado como "prova" de infidelidade partidária uma foto de Vieira ao lado do governador.
*"Ele é um político e estava apenas cumprindo uma agenda política em seu município, onde o governador havia ido inaugurar obras", enfatizou um dirigente.