EM CHUPINGUAIA: 'Pode haver derramamento de sangue', diz presidente da Assfapom sobre reintegração

Jesuíno Boabaid comentou sobre a futura atuação da Polícia Militar no cumprimento do referido mandado de desapropriação

EM CHUPINGUAIA: 'Pode haver derramamento de sangue', diz presidente da Assfapom sobre reintegração

Foto: Divulgação

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Centenas de integrantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) invadiram a Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Chupinguaia, distante pouco mais de 500 quilômetros de Porto Velho e muito em breve deverá haver confronto entre os invasores e policiais militares. Isso porque um juiz de Porto Velho emitiu mandado de reintegração de posse da área, que deverá ser cumprido no prazo de 180 dias.
 
Jesuíno Boabaid, Presidente da Associação dos Familiares e Praças da Polícia e Bombeiro Militar do Estado de Rondônia (Assfapom), comentou sobre a futura atuação da Polícia Militar no cumprimento do referido mandado de desapropriação e acredita em novo derramamento de sangue durante conflito inevitável com os invasores. “É de conhecimento público que os membros da referida liga não medem esforços para enfrentar aqueles que têm o intuito de lhes retirar de determinada área invadida”, disse o presidente.
 
O Secretário de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) Coronel José Hélio Cysneiros Pachá esteve cumprindo agenda no Cone Sul de Rondônia juntamente com os comandos gerais da Polícia Militar (PM) e Corpo de Bombeiros Militares (CBMRO), além de representantes da Casa Civil, especificamente em Vilhena e Chupinguaia no último dia 30 de março.
 
Em entrevista para um site de Vilhena, Pachá afirmou que um juiz de Porto Velho já havia emitido mandado de reintegração de posse que deveria ser cumprido no prazo de 180 dias, porém, a intenção das forças de segurança do estado é retirar os invasores antes do prazo determinado pelo magistrado. O coronel disse ainda que, apesar de a intenção da PM ser resolver o conflito sem violência, os militares estarão preparados para revidar uma eventual “injusta agressão” por parte dos invasores.
 
Coronel Almeida, Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia, chegou a afirmar que a corporação estava com equipamentos e a tropa à disposição, prontos para agir na reintegração de posse da fazenda. A bandeira vermelha com as três letras LCP (Liga dos Camponeses Pobres) é, para os policiais, sinal de que haverá emboscada, com uso de armas de grosso calibre e todo tipo de conflito.
 
Boabaid relembrou o fatídico Massacre de Corumbiara, ocorrido em 9 de agosto de 1995, no Município de Corumbiara, que resultou na morte de 10 pessoas, dentre elas, uma criança de apenas nove anos e dois policiais militares. “Faço aqui um alerta ao Governador Marcos Rocha, Secretário de Segurança, Coronel Pachá e Comandante Geral da PM, Coronel Almeida, para que peçam apoio de forças de segurança preparadas para tal confronto, senão as mortes de militares serão inevitáveis. Nós, como entidade representativa, estamos alertando que as consequências desta ação ficarão na conta do Governador”, pontuou.
 
No ano em que houve o Massacre de Corumbiara, Coronel Pachá era o comandante do Comando de Operações Especiais (COE), atualmente Batalhão de Operações Especiais (Bope). A chacina ocorreu durante o governo estadual de Valdir Raupp (PMDB), que foi posteriormente eleito Senador por Rondônia.
 
Conforme informou Boabaid, os invasores que estão no local possuem treinamento de guerra e estão preparados para o confronto, e não medirão esforços para derrubar seus adversários.  “Já que permitiram que eles (invasores) se agrupassem, ficassem nesse local e tomasse à proporção que está hoje, é necessário que informe ao Ministério da Justiça, chame o Exército e Força Nacional, porque a coisa pode tomar um rumo muito assustador”, disse Jesuíno Boabaid
 
O presidente da Assfapom comentou ainda que é necessário chamar o Exército e a Força Nacional para que deem apoio no cumprimento da referida reintegração de posse, afinal, os invasores dificilmente sairão de forma pacífica e ordeira. “Os policiais terão que revidar a injusta agressão dos invasores, e é preciso o apoio do Exército, que possui preparo para este tipo de enfrentamento. Associação está preocupada com a integridade física e funcional dos militares, pois o soldado, cabo e sargento, que estarão na linha de frente, serão mais penalizados”, afirmou Boabaid.
 
O presidente da Assfapom finalizou afirmando que, caso haja confronto e consequente baixa de policiais militares, entrará com pedido de impeachment e representação contra o governador Marcos Rocha. “Enquanto Deus me der vida, vocês (governador, secretário de segurança e comandante da PM) vão ter muito problema, tá? Muito problema. Vai ter pedido de tudo que é jeito, representação em tudo que é lugar. Se acontecer qualquer coisa com os policiais militares por irresponsabilidade, negligência, de querer cumprir algo que não tem condições de cumprir, e der algo errado, pode ter certeza que a Assafapom vai tomar todas as medidas legais”, finalizou o Jesuíno Boabaid.

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