Cerca de 1 milhão de reais em equipamentos foram destruídos na operação e a PF informa o possível envolvimentos de indígenas e não indígenas nos ilícitos
Foto: Divulgação
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Na última semana foi realizada pela Polícia Federal uma operação para combater a extração ilegal de diamantes na terra indígena conhecida por 7 de Setembro. A área fica localizada na divisa entre Rondônia e Mato Grosso. A informação foi divulgada pela Polícia Federal (PF) no fim na noite desta quinta-feira (17) que destacou a possibilidade de envolvimento direto de índios Suruís no garimpo ilegal.
A operação foi realizada na sexta-feira (11) e no sábado (12) por policiais federais da Delegacia de Ji-Paraná em conjunto com analistas ambientais do Ibama de Cuiabá, policiais militares da Polícia Ambiental de Ji-Paraná e militares do 54º Batalhão de Infantaria de Selva de Humaitá. O comboio partiu do município de Cacoal e para terra indígena pela Aldeia Betel, da etnia Suruí.
Operação
Na ação a PF destruiu uma máquina PC, três motores com bombas d’água, uma resumidora de grande porte, uma carreta, canos e outros materiais e equipamentos usados pelos garimpeiros. O responsável pela operação, delegado de Polícia Federal Everton Manso, disse que o prejuízo causado aos infratores com a destruição dos equipamentos é de aproximadamente R$ 1 milhão de reais.
Além dos equipamentos inutilizados, foram apreendidos documentos e instrumentos usados pelos garimpeiros, como balanças de precisão e lupas. Ainda conforme a PF, as investigações, tanto da polícia quanto do Ibama, indicam que há participação de indígenas da etnia Suruí na prática dos crimes, além de pessoas não índias que atuariam no financiamento do garimpo e como operadores das máquinas pesadas.
Segundo o delegado, será instaurado um inquérito policial para identificar os autores dos crimes e dar continuidade às investigações. Foram praticados os crimes de integrar organização criminosa, usurpação de bens da União, degradação de floresta em terras
públicas e extração de recursos minerais sem autorização do órgão competente, cujas penas somadas podem chegar a 18 anos de prisão.
Participaram da operação, 12 policiais federais, dois analistas do Ibama, nove policiais ambientais e 57 militares do Exército. O Exército foi o responsável pela logística da operação e foram utilizados um trator e oito veículos do Exército no transporte de pessoas e equipamentos, sendo cinco caminhões para transporte de tropas, uma viatura ambulância, uma viatura marruá e um caminhão prancha para transporte do trator.
Causas
O garimpo ilegal é uma das atividades que mais prejudicam o meio-ambiente, causando a destruição de toda a vegetação em grandes áreas, destaca a PF. Os garimpeiros usam máquinas escavadeiras pesadas, conhecidas como PCs, para fazer buracos profundos e movimentar grandes volumes de terra.
Após essa movimentação, são utilizados motores e bombas para levar a lama até as “resumidoras”, onde a terra e água são separadas das pedras preciosas encontradas. As máquinas e materiais de maiores portes usados na prática criminosa pelos garimpeiros encontrados durante a operação foram destruídos no próprio local, pois não seria possível transportá-los com os recursos disponíveis, alegou a PF.
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